Vermelho, laranja, rosa…: a ordem é destacar os lábios com cores fortes, vivas e alegres. E o laranja, queridinho da estação, não é a única opção. O fúcsia e o vermelho (com reflexos alaranjados), também apareceram. O segredo dessa tendência é encarar o batom como um acessório, assim como explicou o maquiador Dick Page no backstage do desfile da marca Marc by Marc Jacobs. “Não se deve pensar se um batom desses vai combinar com a cor dos olhos, o tom da pele ou o tipo de cabelo, o batom é um acessório em si”, declarou o profissional em entrevista à revista Allure.

Força do vinho: outra maneira de destacar os lábios foi apresentada em Paris. O vinho, tom geralmente usado no inverno, surge como opção para as mulheres mais discretas, que não pretendem aderir ao laranja, por exemplo.

Tradicional, com todos os fios devidamente presos, artístico, bagunçado. O coque apareceu em dezenas de passarelas e nas mais diversas versões, teve espaço até para o tradicional coque banana.

Uma das novidades nos desfiles foi o uso de presilhas, que há tempos não eram vistas nos looks de passarela. O acessório apareceu, em sua maioria, adornado por pedras ou com algum tipo de brilho.

Esqueça a pela matificada, carregada de pó. O make nude do verão 2011, segundo as passarelas, tem brilho. Nada que se compare ao excesso visto no passado, quando os maquiadores chegaram a usar gloss para fazer a pele brilhar. A maquiagem nude da vez tem um brilho que poderíamos chamar de natural, aquele que toda pele saudável tem. Para conseguir o efeito, iluminadores e bases bem fluídas são o segredo.

As sobrancelhas andam em crise de identidade. Nos últimos anos elas já apareceram bem grossas e marcadas, depois, completamente descolorias e apagadas. No verão 2011, porém, há espaço para todos os gostos. A diferença é que a versão marcada da sobrancelha anda um pouco mais delineada e fina, o que remete a looks mais clássicos.

O verão é sempre tempo de cabelo ondulado. O calor e as roupas mais leves trazem uma liberdade maior para os fios. Depois do revival das ondas à la anos 1940, que voltaram à moda em 2008 e 2009, novas releituras dos cachos mais estruturados continuam surgindo. A diferença é que agora os cachos clássicos aparecem com um pouco mais de volume, e não tão certinhos como os de Veronica Lake.

Para encerrar, uma brincadeirinha só para provar que uma ideia nem sempre nasce sozinha e em um só lugar. Repare nas semelhanças entre o rabo-de-cavalo desgrenhado dos desfiles de Calvin Klein e Celine, e no penteado à la Joan Jett, vocalista da banda Runaways, dos desfiles de Jean Paul Gaultier e Marios Schwab. Seria o incosciente coletivo?