Acontece, que já estava mais do que acordado aqui em casa, que não entraria mais nenhum cachorro, então não pude trazê-la pra casa e procurei esquecer. Até que soube que um casal tinha levado ela. Fiquei triste, mas como pareciam gostar de bichos, imaginei que ela teria um bom lar. Como eram recém casados, tinham pouco tempo e pouca paciência para aturar as adaptações de uma cachorrinha pequena  na nova casa. 

 Acabaram devolvendo ela.  O segundo que a levou, era um homem que morava sozinho e queria companhia. O problema, é que ao sair para trabalhar ele a deixava sozinha e ela começava a chorar bem alto, incomodando os vizinhos. Conclusão: devolvida mais uma vez.  A terceira pessoa  que a levou, é uma moça da minha rua que não tendo muito espaço em casa, e tendo que dividir as atenções com o netinho novo que estava chegando, não podia ficar com a cachorrinha.  

E num sábado, quando eu estava na sacada da minha casa, eis que vejo a moça com indo devolver a cachorra.  Pedi que esperasse e desci correndo para falar com ela. Peguei a cachorrinha no colo e levei para o meu irmão ver. Ele se apaixonou por ela de imediato e pediu pra minha mãe para ficar com ela. Eu sabia que se eu pedisse, ela me mandaria aproveitar a promoção: “Peça pra ter mais um cachorra e leve um  não!”,  mas como foi meu irmão que pediu, acabamos ficando com ela. Com total desaprovação da minha mãe, claro! Mas eu até entendo!  Minha mãe trata os cachorros como filhos. Eles comem no horário e se alimentam com carne, legumes, frutas e ração. Fazem o que querem e tem uma vida muito boa. Sendo assim, ela é quem tem mais trabalho e é quem dá mais atenção à eles mesmo. Hoje minha mãe mima ela de todos os jeitos.

O nome Madonna fui eu quem dei. Ela nasceu em 2008, no ano em que a Madonna (cantora), fez seu último show no Brasil (e eu fui, é claro!).  Daí para a idéia de batizar a cachorrinha foi um pulo. Mas ela é igualzinha a cantora: audaciosa, inteligente, versátil e muito independente.  Nesses dois anos de vida, Madonna nos deu muitas alegrias, mas também nos deu muitos aborrecimentos e despesas. Ela roeu, destruiu e despedaçou, muitas coisas da minha casa, desde o sofá da sala, passando por várias peças do varal, até eletrônicos bem caros.  Roeu sem dó e  nem piedade, sempre dando preferência pelo itens mais caros. 

 Perdemos as contas de tudo o que foi destruído.  Pensamos até em devolvê-la ou doá-la para alguém, mas quem disse que tivemos coragem?  Diante de um prejuízo enorme por conta de vários eletrônicos destruídos, meu irmão ficou uma semana sem falar com ela.  E ela percebia tudo e sofria.  Não pensem que cachorros não entendem das coisas, porque eles sabem até, o que é indiferença.  Mas felizmente, ele voltou a falar com ela, e tudo voltou ao normal. Até ela destruir mais umas coisinhas…

Hoje ela não está mais destruindo nada.  E eu espero que permaneça assim. Porque ela tem umas recaídas de vez em quando. Mas agora, acho que parou.  Mas de qualquer forma, a Dodô, como eu carinhosamente a trato algumas vezes, faz parte da nossa família de uma forma toda especial.  E eu adoro saber que chegando em casa, vou vê-la fazendo festa e brincando comigo.  Sem dúvida é uma troca de amor muito grande, porque os cães são realmente fiéis aos seus donos e sabem até quando a gente não está muito bem. E nesses momentos, sabem respeitar nosso silêncio e simplesmente ficam do nosso lado, de forma incondicional. Mas quando é pra fazer bagunça e brincar, é com eles mesmos! E hoje no dia do seu aniversário, ela saiu pra tosar e tomar banho, e voltou assim, com o pêlo curtinho e toda cheirosa!  Raparem na coleira de rendinha com lacinhos e no colar rosa super fashion!

Parabéns, Madonna!  E muitos anos de vida!

Amamos você!

Beijos