A morte de Chadwick Boseman e o seu legado que jamais será esquecido

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A morte precoce do ator Chadwick Boseman pegou a todos nós de surpresa ontem, pois estamos falando de um homem jovem, talentoso e aparentemente muito forte e saudável, que nos últimos anos, havia se projetado de forma significativa em Hollywood.  O que nenhum de nós sabia, era que o ator travava uma dolorosa e silenciosa batalha contra o câncer de cólon há quatro anos. Com relação a isso, está mais do que claro que se o estúdio que o contratou para viver o Pantera Negra soubesse que ele estava com câncer, não o teria feito. Hollywood é entretenimento, é diversão, mas antes de tudo é um indústria de investidores, de acionistas que cobram resultados pelos seus investimentos, e eles jamais iriam investir em um ator doente. Há sete anos atrás, aliás, a Marvel lançava com “Homem de Ferro 3”, a segunda fase de seus filmes de heróis num universo compartilhado. E a terceira fase foi minunciosamente orquestrada com a estratégia de contar a trajetória do personagem Pantera Negra nos cinemas.  Os estudos mostraram que o personagem valia o investimento, pois havia uma alta liquidez a longo prazo. Com o fortalecimento do movimento “Black Money” nos Estados Unidos, a ideia de surgir um super herói negro, surtiria grande impacto social, pois era algo latente e necessário nesse momento.

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Existe uma fixação nos seres humanos por super heróis, e não estamos falando somente de crianças e adolescentes. Adultos de todas as idades também gostam de se aventurar num mundo onde se pode contar com a ajuda de um super herói, de um bem feitor, de alguém que lute em favor dos mais fracos, dos oprimidos. Os brancos sentiram uma identificação muito grande com o Super-homem de Christopher Reeve, que era a personificação do homem com padrão de beleza dito convencional e tão aclamado pela sociedade: banco, porte atlético, olhos azuis e cabelo impecável. Para assumir o papel do Pantera Negra, era necessário um ator negro que além de talentoso também tivesse um forte apelo visual, e Chadwick Boseman era a escolha mais do que acertada para tal, pois era um homem extremamente bonito, com um porte impecável e um talento inquestionável. O  chefe dos Estúdios Marvel, Kevin Feige, deixou claro que o projeto envolvendo o Pantera Negra era de longo prazo, exigia um comprometimento dos atores por muitos anos, pois seriam vários filmes. Chadwick Boseman parecia ser extremamente saudável, ter bastante saúde e vitalidade, sendo assim, ele foi contratado, inclusive com um seguro de vida  muito menor do que o de outros heróis da Marvel. Assim como o personagem que interpretou, ele parecia invencível.

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Quando Chadwick Boseman foi contratado para o papel do Pantera Negra ele já estava muito doente, o câncer já se encontrava no grau 3, e ele sabia da gravidade do problema, e ele teve que administrar muito bem seus medos, inseguranças e emoções, para trabalhar em meio a uma batalha pessoal das mais difíceis. “Pantera Negra, o filme”, se tornou a  maior bilheteria de filmes de super heróis da história, faturando US$ 1,3 filhão, superando inclusive, o filme do Super-homem. Chadwick Boseman mais do que um ator, era um homem com um propósito de vida, alguém que conseguiu pensar nesse trabalho como a possibilidade de fazer com que a mensagem do filme fizesse sentido para as pessoas da sua raça. “Wakanda forever” não é só um bordão, mas algo que atinge nossos corações de forma definitiva, nos deixando cientes de que o nosso sentido de unidade em prol das nossas raízes e ancestralidade, das coisas nas quais realmente acreditamos, tem o poder de mudar a realidade a nossa volta. Depois do sucesso do filme, o ator deixou claro que só assinaria novos contratos se tivesse garantido que metade da equipe em todas as áreas de produção, fossem compostas por profissionais negros.
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