Eu gosto da cultura e de arte. Sempre gostei. E fico feliz quando encontro alguma expressão artística e/ou cultural que se mostre de forma plena, representando um momento novo ou revivendo algo que foi bom em tempos passados. Sem dúvida alguma, um povo que vive à margem desse tipo de coisa é praticamente morto. As mazelas da vida são e sempre serão presentes na vida de nós todos. Os problemas do dia à dia, as dificuldades e tudo mais. Mas a beleza da vida, em seus detalhes sutis de alegria e genialidade, sempre estarão presentes. E foi pensando nisso, que resolvi falar um pouco do que tenho ouvido de bom na música, à partir de agora, pelo menos uma vez por semana, vocês vão conhecer um pouco mais de cantores e cantoras que tem feito a diferença, seja ela no cenário nacional ou internacional. E para começar, nada melhor do que falar de Roberta Sá, uma jovem cantora de 31 anos que tem no coração e na alma, um canto puro, suave e cheio de riquezas que são expressos desde o seu fabuloso figurino, até no modo como ela consegue tomar conta do palco com graciosidade e leveza. Com movimentos singulares e expressivos, que fazem com que todos os momentos do seu show valham a pena.
Nasceu em Natal (RN) em 19 de dezembro de 1980. Aos nove anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde mora até hoje. Aos 16, começou a frequentar aulas de canto. Aos 20 anos, tornou-se aluna de Vera Maria do Canto e Melo. O marco zero de sua carreira foi um show no Mistura Fina, no Rio, em 2002. O preparador vocal Felipe Abreu estava lá e virou seu parceiro e amigo.
Felipe indicou o músico Rodrigo Campello para produzir uma primeira “demo” da cantora, com o arranjador Paulo Malaguti. O trabalho chegou às mãos de Gilberto Braga, que a convidou para gravar “A Vizinha do Lado”, de Dorival Caymmi, como tema da novela “Celebridade”.
Em 2004 veio o primeiro disco, “Braseiro”, com produção de Rodrigo Campello e a direção de voz e coro de Felipe Abreu. “O repertório é uma declaração de amor à música popular brasileira. Pelo menos a que eu conhecia até aquele momento. É um álbum de memórias musicais afetivas. Foi aí que começou minha formação profissional, através do convívio com músicos e artistas fabulosos”, diz Roberta. Ney Matogrosso, MPB-4 e Pedro Luís e A Parede foram os convidados.
“Que Belo Estranho Dia Pra Se Ter Alegria”, o segundo disco, foi lançado em 2007. Lenine, Carlos Malta e Pife Muderno, Hamilton de Holanda Silvério Pontes e Zé da Velha foram os convidados especiais. “Tenho a sorte de ter gravado os discos que quis, com as pessoas que escolhi”, diz ela.
Dois anos depois, Roberta Sá reuniu o repertório dos dois primeiros álbuns no show “Pra Se Ter Alegria”, que contou com a direção do cantor e compositor Pedro Luís e da jornalista Bianca Ramoneda. A apresentação resultou em um DVD dirigido pela Samba Filmes e um CD que reúne sucessos como “Alô Fevereiro”, “Interessa?”, “Janeiros”, “Mais Alguém”, “Eu Sambo Mesmo” e “Agora Sim”. Um ano após o lançamento, Roberta ganhou o prêmio de DVD de Ouro.
O projeto seguinte de Roberta Sá nasceu numa conversa na Lapa. Em 2010, ela se juntou ao Trio Madeira Brasil (de Marcello Gonçalves, Zé Paulo Becker e Ronaldo do Bandolim) e gravou “Quando o Canto é Reza”, homenagem ao compositor baiano Roque Ferreira. O disco tem coco, maxixe, samba carioca, maracatu, samba-de-roda e 13 canções do compositor – oito delas, inéditas.
No final de 2011, Roberta ultrapassou a marca de 200 mil discos vendidos,
com dois CDs e um DVD de Ouro. Apresentou, no ano passado, mais de 100 shows em vários estados brasileiros e em Portugal.
“Segunda Pele”, de 2012, é seu quinto disco.
O texto acima foi retirado do site oficial da cantora
Como eu havia falado anteriormente, o figurino da Roberta Sá é mesmo fabuloso. As peças abusam do colorido e remetem às belezas do Brasil. São rendas, aplicações diversas criando flores multicoloridas, fitilhos, penas, filós, miçangas, babados, vestidos rodados, saias longas e trabalhadas, blusas delicadamente bordadas, enfim, tudo feito de forma a deixar o visual super feminino e muito expressivo, pois como vocês sabem, no palco o cantor precisa despertar também outros sentidos do seu expectador. A delicadeza da voz melodiosamente trabalhada, parece que nem se contém no corpo franzino de Roberta, que parece explodir em meio à tantos sons e tons, todos da nossa terra, para a nossa felicidade. E para que tenham certeza de que tudo que eu falei é mais sincera das verdades, deixo o vídeo do clip Pavilhão de Espelhos, lindíssimo poema musical de Lula Queiroga, interpretada por ela, e que não tem saído da minha cabeça. É claro que dentro do seu repertório, existem tantas outras canções que da mesma forma especial, se fazem inesquecíveis, e valem a pena serem ouvidas e sentidas.
Não, eu não me arrependi de nada
Vida voa e o tempo é outro já
Você mudou e eu também
Tô aqui só pra saber que existe saudade
Ainda bem
Como num pavilhão de espelhos,
Eu te vejo multiplicada em mil
Eu vim aqui pra ver você
Solta, vestida de lua na nuvem
Dança como se dançasse pra ninguém,
Ou só pra mim
Ainda bem
Sim, eu sei que vieram chuvas
Noites cheias de céu vazio e vão
Cruzei o mar, estrada além
Tô aqui pra ver se ainda bate, pulsa
Ainda bem
Como num pavilhão de espelhos,
Eu te vejo multiplicada em mil
Eu vim aqui pra ver você
Solta, vestida de lua na nuvem
Dança como se dançasse pra ninguém,
Ou só pra mim
Ainda bem
Sim, eu sei que vieram chuvas
Noites cheias de céu vazio e vão
Cruzei o mar, estrada além
Tô aqui pra ver se ainda bate, pulsa
Ainda bem
Espero que tenham gostado!
Site Oficial: www.robertasa.com.br
Twitter: @_robertasa
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