Olá,meninas,
A primeira foto abaixo, à esquerda, foi super comentada durante toda a semana passada no Facebook.Todo mundo compartilhando, comentando, curtindo… O fato é que a revista virtual norte-americana Plus Model, que é voltada para o mercado plus size, levantou uma polêmica tremenda com um editorial que traz a modelo plus size russa Katya Zharkova em fotos sensuais, sem roupa. Em algumas das dotos, Katya aparece com uma modelo de aparência “normal”, bem magra. A intenção da revista, não era apenas um nu gratuíto e desnecessário, mas criticar o modelo anoréxico imposto pelas passarelas, dizendo inclusive, que as modelos vivem num padrão de IMC típico das passarelas, que é realmente um IMC de anorexia. Toda vez que falamos sobre essa questão de aceitação, padrões de beleza, gordura, magreza, o que se consegue é levantar muita polêmica, mas efetivamente, se faz bem pouco. Não há como negar que vivemos sob constante necessidade de aceitação. Aceitação própria e dos outros. Por mais que alguém diga que pouco se importa com o que os outros pensam, existe uma forte necessidade de aceitação presente na vida dessas meninas anoréxicas.
O grande problema, é que o que a sociedade prega como “aceitável” tem sido cada vez mais rígido e fora da realidade, porque simplesmente é impossível de ser alcançado! Essa modelo das fotos, a plus size, nem de longe é obesa. É uma mulher que deve estar entre os manequins 42/44, mas para muitos, isso é tido como algo fora do normal. Nos acostumamos tanto a ver tudo retocado pelo photoshop, que quando vemos alguma dobrinha, uma barriga mais saliente ou mesmo seios naturais e visivelmente menos rígidos dos que os de silicone, temos uma certa surpresa. O fato é que a maioria das pessoas não se reconhece vendo uma mulher assim em um editorial de moda. Existe um sentimento de rejeição muito grande com a figura de quem não é Bárbie.
Por outro lado, o movimento tido como Plus Size, tem cometido alguns erros bem graves ao criar esse tal de orgulho GG. E contra isso, os EUA tem tentado lutar a todo custo, pois a obesidade por lá, está em graus alarmantes, que começam logo na infância. Por aqui também tenho percebido muito isso, e as vezes não falo nada para não ser mal interpretada. Se ser magra, magérrica, anoréxica, não é normal, estar em graus elevados de obesidade também não é. Vejam bem, não falo das pessoas com sobrepeso, as que são apenas gordinhas. Estou falando de quem já se tem comorbidades por conta do excesso de peso, ou a galera que ainda não as tem, mas está na casa do IMC 40. Muita gente diz que não vai emagrecer porque se sente bem como é, se aceita. E que não tem problema algum de saúde. Geralmente são pessoas mais jovens, que pela juventude, ainda tem o corpo conspirando a favor. Mas acho pouco provável que digam isso na casa dos 40, que é quando geralmente os problemas de saúde começam a surgir.
Eu penso que tem muita coisa errada! E todo o radicalismo é indevido! Será possível que sendo inteligentes e bem articulados não conseguimos chegar a um meio termo? As meninas que sofrem de anorexia são doentes que precisam de ajuda. Mas infelizmente, existem poucos médicos realmente preparados para atender aqueles que sofrem deste mal. Não se trata de frescura, bobagem ou mesmo atos para chamar atenção, como julgam alguns. É doença mesmo! É um distúrbio de cunho psicológico e psiquiátrico que precisa de muita terapia, remédios e em muitos dos cados, de internação. Da mesma forma, que percebemos que a obesidade tem aumentado em escala apavorante por aqui também, e não temos feito nada!
Quando o corpo já não consegue se movimentar, quando subir escadas ou caminhar um quarteirão já parece algo complicado. Quando todos os momentos de dor, dificuldade, desconforto ou mesmo alegria, direcionam para a comida, algo está bem errado também. Existem pessoas que enxergam a comida como um escape e com isso, vão deixando de lado tantos outros prazeres da vida, em detrimento de um só. Não se trata de caber nas roupas ou ser a mais bonita do bairro. Estou falando de saúde! Ou algum de vocês conhece um obeso que tenha morrido velhinho? A maioria morre bem mais cedo (infelizmente), depois de ter sofrido bastante por vários problemas de saúde.
Mas emagrecer e manter-se magro é bem complicado. É tarefa de todos os dias. E ainda existe o fator financeiro, pois, os carboidratos são baratos e as proteínas são itens bem caros. Ir ao supermercado para comprar arroz, fubá, macarrão, batata e óleo é tarefa bem simples para quem ganha pouco. Agora comprar frutas, legumes, leite, iogurte, carne e cereais, queijo branco, presunto magro, é beeeeem mais complicado, porque são itens caros. Então até para fazer o que chamamos de dieta, as pessoas precisam ter dinheiro. O itens alimentícios que mais nos dão saciedade são as proteínas, e quando o consumo delas é pouco, geralmente se come mais quantidade de alimento, de forma errada e muito mais vezes do que o necessário. É fácil chamar o “gordo” de sem vergonha, de sem força de vontade! Porque algumas pessoas gostam mesmo de criticar sem ao menos saber do que se trata. E criticar o outro, tira o foco nos erros de si mesmo.
Sinceramente, tá cada vez mais complicado viver em sociedade, porque o que vemos como reflexo dela, são atos nada racionais. Eu me vejo na obrigação de zelar por mim mesma, me amar, me aceitar e fazer sempre o melhor por mim e para mim. Num dado momento da minha vida ganhei ainda mais peso e me vi completamente diferente e distante de quem eu era. E neste momento, eu decidi mudar. E essa mudança não foi fácil ou sem um preço, mas não me arrependo nenhum dia por ela. Então o que posso dizer para vocês é que estando abaixo do peso ou muito acima, peçam ajuda! A ajuda pode vir de diversas formas: dos Vigilantes do Peso, da nutricionista, da academia, da análise, de medicamentos (indicados pelo médico, hein!?) ou até mesmo por uma cirurgia, mas peçam ajuda! Não se pode desistir de si mesmo!
Uma coisa super importante que precisa mesmo se dita, que por vezes, criamos expectativas e exigências altas demais com relação à nós mesmos, e por isso, corremos o risco tantas vezes, de sofrer por não vê-las se realizando. Então, não se nivele por ninguém, não tome ninguém como meta, objetivo. Administre seu projeto de ser melhor, tendo a si mesmo como grande fonte de inspiração. Eu tenho certeza, de que não chegarei a ser magra, mas o que eu consegui emagrecer, já me deixa feliz e realizada, porque já me trouxe de volta, a alegria, a disposição e a confiança que por alguns momentos, o excesso de peso havia me levado. Da mesma forma que as meninas que precisam vencer a anorexia, precisam ir aos poucos, matando um leão por dia, em busca da saúde e da felicidade.
Enfim, não existe beleza perfeita, pessoas perfeitas e mundo perfeito. O que há, são apenas belezas diferentes, pessoas únicas e um mundo em constante mutação, e não reconhecer isso, é o primeiro passo para o retrocesso e a tristeza. Então, que não somente em 2012, mas para o resto das nossas vidas, sejamos sempre cheios de bondade e misericórdia com o próximo e conosco. Que entendamos nossos limites, que nos apoiemos em nossas fraquezas, e que cresçamos mesmo em meio as nossas dificuldades. É isso…
Espero ter passado bem a mensagem.
Beijos
claudia
janeiro 16, 2012Sabe que vi fotos de modelos plus esses dias e pensei,ok se aceitar e se amar da maneira que você é,mais até um certo limite pois a obesidade mata e ser aceita pela sociedade,pelo mundo fashion não significa que a gente que tem sim um biotipo mais cheinho possa se descuidar e mandar ver na batata frita,eu mesma estou na casa dos setenta mais faço visitas periodicas ao médico e ai de mim se passar desse peso,o médico ja avisou não quer emagrecer ok,não gosta de malhar ok,mais se aparecer colesterol,diabetes e etc o bicho pega !!!!