No sábado, dia 06, tive o prazer de assistir ao show do Moacyr Franco aqui no Rio de Janeiro. Ele se apresentou no Teatro Rival BR, onde ele costuma estar algumas vezes por ano, num gostoso encontro com os amigos, como ele prefere chamar. Desde a outra vez que ele esteve por aqui, eu queria ter ido ao show, mas acabei perdendo o dia. Felizmente ele voltou e eu não poderia deixar essa oportunidade escapar desta vez. Enquanto eu me arrumava para ir ao show com meu irmão, eu pensei cá comigo: “só deve ter velho nesse show!” O termo foi esse mesmo, velho! Não houve sequer a menção à palavra idoso, porque pensei na palavra velho e foi pensando nisso que cheguei ao teatro e percebi que havia pensado exatamente certo: o teatro estava repleto de velhinhos! Mas não me julguem malvada, porque o próprio Moacyr já começa o show falando dessa coisa de não se poder dizer velho, do politicamente correto que fala idoso, melhor idade e tudo mais. Ele satiriza de forma divertida o avanço dos anos, como se ele mesmo, fosse ainda um menino. Chama todo mundo de velho o tempo todo, e até, a si mesmo. Mas não temos como negar que todos nós estamos caminhando para a velhice, a não ser, aqueles que se forem antes dela. Por isso, reverenciar essas pessoas que viveram mais e que tem uma experiência de vida bem maior que a nossa, é o mínimo que se espera. E eles estavam lá, arrumados, penteados, perfumados e felizes.
Cantando as músicas que fizeram parte da sua vida, da sua história, junto comigo que também emocionada, cantava as mesmas canções, com a mesma emoção e carinho. Eu tenho realmente esse lado musical muito aflorado, gosto de boa música e de composições que toquem o meu coração. E no que diz respeito à isso, Moacyr Franco consegue mesmo tocar o coração de quem o ouve, com canções que fazem o coração sonhar e viajar. O show tem momentos de perfeita interação com a platéia, e Moacyr circula por ela com brincadeiras e distribuindo abraços e beijos em seus fãs. E vamos combinar, que as velhinhas estavam bem danadinhas naquele dia, porque várias delas, agarraram o cantor e lhe roubaram selinhos. Num momento de pura emoção, Moacyr chama ao palco seu filho João Vitor, que agora usa o nome artístico de Johnny Franco. O rapaz de 18 anos, demonstrou uma imensa maturidade musical e conseguiu interagir muito bem com a platéia também, embora eu o tenha imaginado tímido. Aliás, ele se apresentou com sua banda que fez bonito, mesmo sendo formada por meninos tão jovens. Também estava presente um tiozinho super simpático chamado Bob Lester, que tem inacreditáveis cem anos. Ele viajou o mundo todo num tempo em que fazer sucesso era apenas para os bons. E eu fiquei passada ao ver como ele ainda se movimentava, dançava e se mostrava lúcido e saudável. Imaginem, chegar aos cem anos? É algo que realmente poucos conseguem, com vitalidade, bem menos ainda (meus avós conseguiram). O fato é que foi um encontro gostoso, emocionante e muito especial. E reverenciar nossos artistas em vida, é missão nossa que não pode ser esquecida. Afinal, num país onde se cultuam bundas por todos os lados, vencer pelo talento, é sempre melhor.
Beijos
Unknown
outubro 14, 2012O Bob Lester é fantástico, vai fazer 100 anos no próximo ano, mas ainda trabalha para se manter, fazendo shows de rua no Arpoador- Copacabana.
Unknown
outubro 14, 2012O Bob Lester é fantástico, vai fazer 100 anos no próximo ano, mas ainda trabalha para se manter, fazendo shows de rua no Arpoador- Copacabana.
Adriana
outubro 10, 2012que felicidade a tua em poder viver esses momentos lindos…. tb gosto dele, que embalou minha adolescência com mtas de suas músicas…sem contar q naquela época era tb o 'pai do Guto' que fazia mta menina ficar babando na frente da Tv…. parabéns pela bela oportunidade que tivestes,
bjs
tititi da dri