Mais confissões da vida blogueira e a vida cor de rosa que não existe
Gostaria que todos soubessem como é bom viver assim! AVISO: ESTÁ LONGO COMO A MAIORIA DOS MEUS TEXTOS. ASSEGURE-SE DE TER TEMPO (E PACIÊNCIA) PARA LER ATÉ O FINAL. |
O que é um blog afinal? Deveria ser um espaço pessoal, onde o blogueiro ou blogueira, deixaria expostos seus gostos, seu ponto de vista, até um pouco da sua vida, fosse ela qual fosse essa vida. Hoje a coisa se transformou em comércio e tudo é comprado, manipulado e negociado, de forma nem sempre tão clara e tão objetiva (pelo menos para o leitor). Não que eu ache errado ganhar dinheiro com o blog, e seria hipocrisia minha dizer que não gostaria que isso acontecesse comigo. Mas como tudo na vida, as coisas tem que ter um certo limite, uma certa lógica e raciocínio, para não se perderem na essência e ficarem sem sentido. Aliás, eu seria a última pessoa no planeta Terra a ter um blog como esse. Jamais imaginei que teria. Porque de fato, o que eu sempre gostei de fazer, aliás, o que eu sempre amei fazer, desde sempre foi escrever. Mas essa coisa da escrita, sempre esteve envolta nas palavras, no sentido mais profundo que possa haver e existir.
Ainda criança, eu fazia perguntas para as professoras da escola dominical da igreja, que as deixavam com os cabelos em pé. Questionava o fato da maioria achar que somente no nosso planeta poderia haver vida. Falava que Deus não faria o universo inteiro, para colocar seres vivos somente aqui. Queria entender livros mais complexos da Bíblia, em especial o Apocalipse, que sempre me despertou interesse. Falava sobre a teoria do buraco negro, que dizia que o fim do mundo chegaria, quando nosso planeta, assim como outros corpos celestes, fosse sugados pelo seu campo gravitacional. E eu pensava comigo: “E o que será que tem, dentro do buraco negro?” E passei também a amar ler e reler livros. Conhecer novos escritores, e fazia até resenha dos livros, deixando meu ponto de vista, observações à respeito do tema e tudo mais. Escrevia crônicas, poemas, sonetos, enfim, era meio estranha, mas era legal.
Não ere Nerd, e isso é que deixava a coisa mais sem explicação, e unia toda a espontaneidade que tenho hoje, por exemplo, e o jeito engraçado e cômico que sempre me acompanhou. Mais tarde, me tornei mais inteirada dos assuntos que atormentavam nossa sociedade, sobre as tragédias humanas de todos os tipos e sobre a vida político social do nosso país e até do mundo. Tenho muita, muita, mas muita coisa escrita. E para saber quem eu realmente sou, só mesmo lendo meus textos, porque quando escrevo, eu sou eu mesma, da melhor forma que eu sei ser. Mas acredito que toda mulher mais intelectualizada, pode ser (sem dúvida alguma) ligada à assuntos do universo feminino, até porque, antes de qualquer coisa, sou mulher.
Mas esse é um mundinho que vai nos seduzindo aos poucos e depois, nos suga por completo, se nós permitirmos. Eu comecei a ficar numa vibe meio louca, onde uma unha quebrada significava o fim do mundo pra mim. Como eu uso unhas de porcelana, quando acontecia de quebrar uma unha, eu fazia de tudo, o possível e o impossível para conseguir um horário no salão, que é bem cheio por sinal. E longe da minha casa. Mas eu pegava o carro, pagava o pedágio e seguia feliz pela linha amarela, rumo a Jacarepaguá, em busca da unha perfeita. E falando em unhas, o esmalte eu mudava pelo menos três vezes por semana, e a pintura tinha que estar perfeita! Se tivesse uma simples imperfeição, por menor que fosse, eu tirava e pintava de novo em casa.
O cabelo sempre impecável, eu sempre de saltos muito altos, a make feita, enfim, eu me desconheci quando me vi no espelho. Não em aparência, mas por ter me permitido escravizar por mim mesma. Felizmente, isso durou muito pouco tempo e eu me libertei desses estigmas todos que pra mim, hoje, são puramente passado. Não que eu tenha ficado descuidada com a aparência, aliás, procuro estar sempre bem e consigo, mas sem as paranóias que me limitaram por completo. Mas parece que ser você mesmo, tem um peso negativo nesse mudinho de blogs. As pessoas gostam daquela vida cor de rosa de mentira que as blogueiras postam. Podem até falar mal delas, mas vivem babando ovo e dando cada vez mais acessos. E hoje, elas postam em seus blogs e nas trocentas redes sociais, fotos da vida maravilhosamente perfeita que tem, como são amadas, felizes, realizadas e bem sucedidas.
Mas no fundo, aquela menina simples que não tem o dinheiro para comprar sequer a meia da loja onde elas compram suas roupas, se identifica é com elas, e não comigo, que conto no blog, como consegui comprar dois bons tênis por apenas R$ 49,99 cada um. As pessoas não querem saber de gente real e normal, que sofre, tem prolemas, incertezas, dilemas e até mesmo, frustrações. Gente comum que vive a vida da forma que ela realmente é para ser vivida. A maioria busca a vida fútil e sem sentido que elas postam, envolta em jabás de todos os tipos e com mentiras para todos os gostos. É isso que atrai as empresas e agrada os leitores, a mentira!
Para vocês terem uma idéia, quando fui para Natal, levei algumas roupas para tirar fotos de alguns looks usando as dependências do apart hotel, que era muito bonito por sinal, ou quem sabe, a orla da praia, que era fantástica. Mas chegando lá, entre perder tempo me produzindo e tirando as fotos, eu preferi passear e me divertir. Passei aqueles dias da forma mais simples e mais livre que eu pude. Bermudinha jeans, blusinha leve, saída de praia, vestidinho folgado, e sempre sandália rasteira ou chinelo. Nas fotos de férias desse povo, estão sempre montadas,super maquiadas, com salto alto, cheias de bijuterias, colares, e anéis em todos os dedos. Pelo visto, sobra pouco tempo (ou nenhum) para realmente aproveitarem.
Parece que o foco é mesmo conseguir imagens para postar e mostrar que se está bem, que se tem dinheiro, prestígio e sucesso. E o mais legal de viajar, seja par onde for, para muito longe ou para um local até perto, é pode se livrar das amarras da rotina e viver de forma mais livre e descompromissada. No nosso último dia em Natal, o horário do vôo de volta era meio ingrato: 15:00 hs. E ficamos pensando em como fazer, para aproveitar esse pedaço de dia. A maioria dos passeios, saíam às 09:00 hs e retornavam às 16:00 hs. Como fazer? Felizmente conhecemos um velhinho que com olhos amorosos, me garantiu que conseguiria alguém que nos pegasse mais cedo no hotel, passasse depois conosco para buscar as malas e ainda nos levasse para o aeroporto. À princípio, não acreditei muito, mas esse velhinho especial, cumpriu o prometido e nos conseguiu o guia mais doido, mais gente boa e mais legal de toda Natal!
Com o Moacyr rodamos várias praias, e vivemos aventuras maravilhosas. Parece mentira como as horas se multiplicaram e nos permitiram ir à tantos lugres em tão pouco tempo. Depois do almoço, num restaurante onde tudo era gostoso ao extremo, já de tarde, um banho de chuveirão alegrou meu dia e me deixou pronta para voltar para Natal e dar adeus às férias. Enquanto voltava no bugre, com vento no rosto e cabelos desgrenhados, a roupa secava no corpo e foi com essa roupa, e de chinelo de dedo nos pés, que entrei no avião. Eu ouvi o Valério Araújo falando numa entrevista, que a mulher tem que estar impecável no aeroporto. Sempre de salto, bem penteada, bem vestida e bem maquiada. Mas se eu tivesse pensado nisso tudo, em me apresentar bem no aeroporto, sem dúvida, teria perdido os momentos mais divertidos. E andar de chinelo, ou até mesmo com os pés no chão, é algo que faz bem para qualquer ser humano em vários momentos da vida.
Dane-se o que vão pensar e como vão analisar. O mais importante, é como a gente se sente. Se essas blogueiras soubessem aproveitar as viagens que fazem, mais do que conhecer lojas e mostrar os produtos que compraram, se preocupariam de conhecer gente, ouvir histórias, compartilhar momentos… porque em toda parte do mundo, as pessoas são pessoas, e tem algo de especial que merece ser compartilhado. Ver a forma que o outro vive, como se expressa, seu jeito de ser, falar e se relacionar, faz com que conhecer pessoas, em qualquer parte do mundo, seja sempre algo muito interessante. Definitivamente, o blog não pode limitar minha vida, nem ter o poder de me transformar numa pessoa pior.
Diante de tantas coisas que acontecem na vida, de tanta gente que sofre e do tanto que podemos ser produtivos e abençoadores na vida uns dos outros, viver jogando na cara dos outros a superioridade conquistada pelos trocentos quilos de maquiagem importada e por um closet dos sonhos, é mesmo um disparate, coisa de gente muito pequena. Não quero dizer que não podemos gastar nosso dinheiro comprando roupas, sapatos, bolsas, investindo na aparência e tudo mais. O problema todo, a grande questão não é o que fazemos, mas onde colocamos o nosso coração.
E o blog tem horas que me enche o saco porque vejo tudo tão envolto em superficialidade, que chego a me sentir até meio enojada. A pessoa diz que te ama porque ganhou um sorteio no seu blog, você vai pedir uma foto dela com o prêmio (regra do sorteio) ela te dá uma resposta mal criada. Fora aqueles que acham que são meus íntimos, só porque vem aqui ver o que eu postei, e me seguem nas redes sociais. Não é porque tenho um blog, que todo dia tenho que estar disposta a interagir com gente chata, que me pergunta a mesma coisa mil vezes, que tenho que curtir comentários e fotos de todas as promoções que as pessoas participam no Facebook. Fora as pessoas que escrevem me pedindo coisas, sempre as mais banais, como sapatos, bolsas, e agora ultimamente, até cabelo. Podem acreditar, tem gente que perde seu tempo, escrevendo dizendo que “seu sonho” é colocar um cabelo na cintura, e que conta comigo para realizar isso.
Gente, eu compro meu cabelo! E usar alongamento não é questão de vida ou morte. Se fosse alguém fazendo quimioterapia, pedindo ajuda pra conseguir uma peruca, uma prótese para esse período, mas não é nada disso. É gente me adulando, dizendo que sou linda e maravilhosa em duas linhas, para depois usar dez para me fazer pedidos. É “amiga” blogueira dizendo que “me ama” e sempre se inspirou em mim (oi!?), pra depois me pedir contatos de parceria, principalmente, de sapatos. É impressionante como as “fias” vendem a alma até ao cão, por um simples par de calçados. E quer saber a verdade, sapatos eu tenho aos montes, mas não consigo usar metade deles. Sendo assim, não são os muitos pares de sapato que nos fazem felizes, mas viver uma vida digna e honesta ao lado de quem se ama. A vida tem que ter algo além de toda essa frivolidade, porque senão, a vida não faria o menor sentido.
Eu acho muito pouco, que a vida seja movida por esse tipo de engrenagem e por isso, não a aceito para mim. Vamos pensar que todos nós iremos embora um dia, e que seremos lembrados (ou não) pelo que fizemos. Não quero ser lembrada por postar os melhores look ( se bem que estou muito longe disso…rsrsrs), nem por conta dos sorteios, das parcerias, de seguidores, de acessos, nada disso! Quero ter deixado algo que faça sentido agora, e num futuro próximo ou distante na vida de alguém.
E para quem pensa eu meu sonho é ser famosa como as F*Hits, e para quem já me falou também, que eu queria ser uma famosa modelo plus size, terão uma grande decepção comigo, pois vão descobrir agora, o que realmente é minha grande aspiração. Quero dedicar mais do meu tempo, a escrever da forma que eu fazia, com regularidade, com frequência e com qualidade. Quero fazer o possível e o impossível, para que essas palavras, cheguem ao maior número de pessoas e as façam pensar, se envolver e se inspirar. Toda vez que penso em algo que eu gostaria para minha vida, eu me imagino escrevendo (sempre), numa casa ampla, com quintal, com plantas e bichos à minha volta. Com internet? Sim, mas sem ser escrava dela.
Quero continuar cozinhando e reunindo pessoas à mesa para falar coisas bobas e alegres. Não quero ter que mostrar a louça herdada por uma avó da alta sociedade, até porque, minhas duas avós foram mulheres extremamente honradas, mas muito simples. O que me deixaram de valor são meus pais, meu maior tesouro até hoje. Não que não seja bom ter badalação, fama e prestígio, ma essas coisas, são as que geralmente não nos acompanham até o final. No final, o que fica somos nós mesmos e o que conseguimos cativar ao longo da vida. Qualquer outra coisa é apenas um risco, que não interfere em nada e nem de longe especial.
Parabéns, Obama
As mulheres querem ser amadas
Um papo franco e sincero sobre sexo, amor em tempos de redes sociais e até sobre as declarações de Nicole Bahls
Voltando a falar nas gordinhas, mulher é mulher em qualquer peso e tamanho! E ter que se mostrar mais por ser gordinha, é se desvalorizar muito! Grande parte dos que se dizem apreciadores de gordinhas, e expõem isso nas redes sociais, não procura um relacionamento saudável e sério. Querem sexo porque acham diferente, e até exótico. Como se as gordinhas fossem algo inusitado e diferente. E bobas são as que se deixam envolver por esses conquistadores que não tem vergonha de expor fotos em que aparecem sarrando uma gordinha, lambendo, agarrando. Mas que jamais terão coragem de assumi-la na rua, de mãos dadas, como namorada, esposa e/ou mãe dos seus filhos. E por mais que algumas se chateiem com isso, e possam até não concordar no primeiro momento, ao pensarem bem, verão que tenho razão. Mas então uma gordinha não tem como encontrar um homem que a ame de verdade? Claro que sim! Uma gordinha só não precisa, não deve, se expor mais para conseguir isso.
Em tempo: Se for reproduzir o texto, faça o favor de creditar. Respeite meu trabalho!
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Câncer de mama – É possível vencê-lo!
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Aviso importante: Antes de dar o play, certifique-se de estar com fones de ouvido e/ou estar completamente sozinho no recinto. Seria vexatório ouvir isso ao lado de quem quer que seja. Ah, e se você for menor de idade, não ouça!
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