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The Voices Brasil – a vitória de Ellen Oléria

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Tenho que ser sincera e informar que não assisti o The Voices Brasil desde o início. Eu sou meio assim mesmo. Alguns programas de TV e novelas, não me ganham logo de cara. Alguns assisto do meio para o final. E com o The Voices não foi diferente. Ainda mais que por não saber qual seria a essência do programa, como ele seria conduzido, fiquei meio que com preguiça de me aventurar. Não sei, mas os concursos de calouros do Raul Gil me deixaram tão entediada e hoje, não tenho (a menor) paciência para assistir o povo cantando por lá. Mas um dia, da cozinha mesmo, ouvi a TV da sala com um dos candidatos se apresentando e me sentei para ouvir. De lá pra cá, virei fã incondicional.
Para começar, nenhum dos candidatos que se apresentaram, eram pessoas saídas do povo, cruas, sem nenhuma experiência com a música. Eram todos profissionais muito qualificados e extremamente talentosos. Com estilos próprios e com uma coerência musical que dava para ser notada logo de cara. Quando um programa com esse formato é lançado, não se enganem, o que se procura é alguém que possa atender a uma necessidade do mercado, e não somente alguém que cante bem. Alguém que corresponda à expectativa da gravadora, dos produtores musicais e principalmente daqueles que consomem música. E por conta disso, quando eu vi candidatos bons, mas que apresentavam “mais do mesmo” eu senti claramente que eles seriam eliminados na primeira oportunidade.
Na semana passada, eu falei neste post aqui, a respeito das candidatas negras que haviam ficado para a final, e meu foco vai continuar sendo em cima delas, acrescentando desta vez, Maria Cristina. Não vou me ater no texto de hoje aos outros candidatos que se apresentaram hoje, pois não conseguiram me convencer. O fato, é que as mulheres que estou citando, conseguiram de forma singular se destacar e deixar sua participação marcada no programa. Elas certamente, verão suas carreiras darem um “up” à partir de agora, ainda mais, que o programa caiu no gosto popular lhe garantindo até, uma segunda temporada em 1023. Mas voltando às candidatas, eu tinha a minha preferida, conforme já havia deixado claro no Facebook e minha torcida era por Ellen Oléria.

Confesso que me deu meio que um medo que ela por algum acaso do destino, não vencesse a competição. Afinal, existem tantas coisas que podem acontecer em programas que tem esse formato. Ainda mais quando se está numa final, onde os nervos de todos estão à flor da pele, e a participação do público de casa, tem o poder de decidir quem vence. Não vou falar em ordem, até porque, isso não fará a menor diferença, mas Thalita Pertuzatti desafinou logo ao começar a cantar, o que fez com que suas chances fossem mínimas e ela deixasse escapar das suas mãos, qualquer chance de ir adiante. A impressão que tenho, é que ela quis dar mais do que podia e simplesmente se perdeu. Dando a  entender que o cantar parecia algo gritado, forçado. Simplesmente não conseguiu.
Ludimilhah Anjos, confirmou novamente a boa comunicação que tem com as massas, se apresentando como se tudo aquilo, naquele momento, fosse uma enorme festa. Como já disse antes, acho que o fato dela cantar e tentar dançar, lhe prejudica (em muito), porque para fazer esse tipo de coisa, precisaria de um preparo físico que ela ainda não tem. E não falo isso porque ela é gordinha, não, porque o Thiago Abravanel no musical sobre a vida de Tim Maia, canta e dança maravilhosamente bem, sem se perder e com uma qualidade impecável. Até o tal do “Pah” me soa exagerado. E acredito que investir nesse tipo de estilo vai limitá-la muito, pois por vezes, soa caricato.
Késsia Abreu,  chegou como sempre impecável. O que é a postura dessa mulher no palco, gente? Parecia uma modelo, uma rainha, uma princesa. Qualquer coisa! A voz delicadamente modulada, segura, contida nas horas certas e solta nos momentos exatos. Deu mais uma vez, um show de interpretação e fez com que o talento dela ficasse ainda mais evidenciado e reconhecido.

Maria Cristina, foi uma que me deu medo. Porque ali, naquele momento, eu vi que ela seria uma ameaça real para a Ellen. Voltando a falar do contexto comercial, da voz que se procura e da necessidade do mercado, Maria Cristina é o tipo de cantora que interessa ao mercado, pois desde a morte de Cássia Eller, esperávamos por uma cantora forte e com agressividade vocal e atitude no palco. Coisas que Maria Cristina tem de sobra. Mas hoje, acho que a escolha da música não foi das mais acertadas.
 Muitos de nós pensamos que quando Maria Gadú surgiu no cenário musical, ela seria essa substituta. Mas não dá para dizer que uma cantora se parece com outra em seu estilo musical, só porque também é lésbica e adota um estilo masculino na hora de compor o seu visual.  Maria Gadú apesar de ter sempre looks despojados e masculinizados, tem uma doçura na voz, que consegue fazer com que até uma canção de ninar fique bem na sua interpretação.
Hellen Oléria, quando entrou, já disse a que veio. Gente, como essa mulher é grandiosa! E para mostrar todo o seu talento, ela não precisou gritar, berrar, nada disso! Começou cantando “Anunciação” de uma forma doce, acalentante e totalmente poética. Com um trabalho vocal primoroso, alternava momentos em que praticamente sussurrava os versos, com momentos em que deixava as palavras fluírem fortes e firmes dos seus lábios. Me emocionei.

A segunda canção escolhida, foi mais uma acerto, Taj Mahal. Parecia que ela, de alguma forma, sabia que aquele era realmente o seu momento. Ela conseguiu fazer uma festa gostosa e cheia de estilo, introduzindo gostosas risadas dentro da canção, tudo cuidadosamente programado e planejado (é claro). Mas que deixou tudo parecendo um grande improviso. Isso nada mais é do que técnica apurada e total domínio na interpretação de uma canção.
O jeito que ela olhava, se deslocava no palco, sorria e cantava, tudo deixava mais do que claro que Ellen Oléria era naquele momento, a voz que o Brasil havia escolhido. E a vitória dela como cantora, é também uma vitória contra três esteriótipos muito fortes: ela é negra, gorda e assumidamente gay. E observem bem, que eu não fiz questão de dizer “gordinha” como geralmente faço com medo de que alguém se ofenda com a colocação. Até porque ao olhar aquela negra, com aquele vozeirão imenso, seria irônico chamá-la de gordinha.
Ellen é gorda. Simples assim. Gorda no melhor e mais agradável sentido da palavra. Uma mulher gorda, grande e que toma todos os espaços quando chega, porque seu talento se espalha por todos os lados. E perceber que as pessoas votaram nela, sem se importarem com quanto ela pesa, é uma prova que que muita coisa já tem mudado na cabeça de muita gente. Mas mais do que isso, como dizer que Ellen não era completamente linda se apresentando,  mesmo com seus cento e vários quilos? igualmente bela e totalmente plena de todo o seu potencial. Soube estar, acima de tudo e de todos.

O fato de ser negra me enche de orgulho,  claro! Mas nós negros, temos uma tradição de cantarmos bem, que as pessoas geralmente reconhecem e ratificam. Parece até que procuram isso em nós, porque está quase como uma das características da raça. E ver uma mulher negra e gorda vencendo, me fez ficar toda orgulhosa, porque ela deixou muitas outras candidatas mais bonitas e mais magras, para trás. E perceber que hoje, assistimos a vitória do talento, sobrepondo-se à qualquer outra coisa, me deixou muito feliz.
Ellen também é gay. Mas isso, pouco importou para mim e para o Brasil, que a elegemos a voz do Brasil, junto com sua mãe e sua namorada, que vibraram na platéia, pressentindo o que estava por vir.  O que interessou à nós todos, foi o modo, a maneira,  como ela soube se fazer grandiosamente bela, fabulosa e excepcional em todas as suas apresentações. Ela hoje, traduz a alma da mulher brasileira, em nossa força e luta de todos os dias.
Eu não tenho o menor pudor em dizer que eu reverencio o talento, quando o encontro, quando o percebo. Quando vejo alguém que consegue chamar minha atenção por sua genialidade, eu simplesmente reverencio e me sinto feliz, pela oportunidade de ter encontrado algo inusitado.  E me alegro ao ver esse talento sendo reconhecido por outras pessoas, e no caso da Ellen, ainda por cima premiado. 
Espero que muito além dos R$ 500.000,00 que ela recebeu, do carro, do gerenciamento de carreira, do contrato com a gravadora e do show da virada na praia de Copacabana, ela encontre um caminho aberto que lhe proporcione oportunidades reais de ver sua música perpetuada. Que ela encontre em seu caminho, chances de continuar sendo cantora que é, cheia de força, brilho e muito talento. E que o mercado a receba e a trate muito bem, porque ela merece fazer sucesso por muuuuito tempo. Simplesmente Diva.
Parabéns, Ellen Oléria, a voz do Brasil!

Mais confissões da vida blogueira e a vida cor de rosa que não existe

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Gostaria que todos soubessem como é bom viver assim!


AVISO: ESTÁ LONGO COMO A MAIORIA DOS MEUS TEXTOS. ASSEGURE-SE DE TER TEMPO (E PACIÊNCIA) PARA LER ATÉ O FINAL.

O que é um blog afinal? Deveria ser um espaço pessoal, onde o blogueiro ou blogueira, deixaria expostos seus gostos, seu ponto de vista, até um pouco da sua vida, fosse ela qual fosse essa vida.  Hoje a coisa se transformou em comércio e tudo é comprado, manipulado e negociado, de forma nem sempre tão clara e tão objetiva (pelo menos para o leitor). Não que eu ache errado ganhar dinheiro com o blog, e seria hipocrisia minha dizer que não gostaria que isso acontecesse comigo. Mas como tudo na vida, as coisas tem que ter um certo limite, uma certa lógica e raciocínio, para não se perderem na essência e ficarem sem sentido. Aliás, eu seria a última pessoa no planeta Terra a ter um blog como esse. Jamais imaginei que teria. Porque de fato, o que eu sempre gostei de fazer, aliás, o que eu sempre amei fazer, desde sempre foi escrever. Mas essa coisa da escrita, sempre esteve envolta nas palavras, no sentido mais profundo que possa haver e existir.

Ainda criança, eu fazia perguntas para as professoras da escola dominical da igreja, que as deixavam com os cabelos em pé. Questionava o fato da maioria achar que somente no nosso planeta poderia haver vida. Falava que Deus não faria o universo inteiro, para colocar seres vivos somente aqui. Queria entender livros mais complexos da Bíblia, em especial o Apocalipse, que sempre me despertou interesse. Falava sobre a teoria do buraco negro, que dizia que o fim do mundo chegaria, quando nosso planeta, assim como outros corpos celestes, fosse sugados pelo seu campo gravitacional. E eu pensava comigo: “E o que será que tem, dentro do buraco negro?”  E passei também a amar ler e reler livros. Conhecer novos escritores, e fazia até resenha dos livros, deixando meu ponto de vista, observações à respeito do tema e tudo mais. Escrevia crônicas, poemas, sonetos, enfim, era meio estranha, mas era legal.

Não ere Nerd, e isso é que deixava a coisa mais sem explicação, e unia toda a espontaneidade que tenho hoje, por exemplo, e o jeito engraçado e cômico que sempre me acompanhou.  Mais tarde, me tornei mais inteirada dos assuntos que atormentavam nossa sociedade, sobre as tragédias humanas de todos os tipos e sobre a vida político social do nosso país e até do mundo. Tenho muita, muita, mas muita coisa escrita. E para saber quem eu realmente sou, só mesmo lendo meus textos, porque quando escrevo, eu sou eu mesma, da melhor forma que eu sei ser. Mas acredito que toda mulher mais intelectualizada, pode ser (sem dúvida alguma) ligada à assuntos do universo feminino, até porque, antes de qualquer coisa, sou mulher.

Mas esse é um mundinho que vai nos seduzindo aos poucos e depois, nos suga por completo, se nós permitirmos. Eu comecei a ficar numa vibe meio louca, onde uma unha quebrada significava o fim do mundo pra mim. Como eu uso unhas de porcelana, quando acontecia de quebrar uma unha, eu fazia de tudo, o possível e o impossível para conseguir um horário no salão, que é bem cheio por sinal. E longe da minha casa. Mas eu pegava o carro, pagava o pedágio e seguia feliz pela linha amarela, rumo a Jacarepaguá, em busca da unha perfeita. E falando em unhas, o esmalte eu mudava pelo menos três vezes por semana, e a pintura tinha que estar perfeita! Se tivesse uma  simples imperfeição, por menor que fosse, eu tirava e pintava de novo em casa.

O cabelo sempre impecável, eu sempre de saltos muito altos, a make feita, enfim, eu me desconheci quando me vi no espelho. Não em aparência, mas por ter me permitido escravizar por mim mesma. Felizmente, isso durou muito pouco tempo e eu me libertei desses estigmas todos que pra mim, hoje, são puramente passado. Não que eu tenha ficado descuidada com a aparência, aliás, procuro estar sempre bem e consigo, mas sem as paranóias que me limitaram por completo. Mas parece que ser você mesmo, tem um peso negativo nesse mudinho de blogs. As pessoas gostam daquela vida cor de rosa de mentira que as blogueiras postam. Podem até falar mal delas, mas vivem babando ovo e dando cada vez mais acessos. E hoje, elas postam em seus blogs e nas trocentas redes sociais, fotos da vida maravilhosamente perfeita que tem, como são amadas, felizes, realizadas e bem sucedidas.

Mas no fundo, aquela menina simples que não tem o dinheiro para comprar sequer a meia da loja onde elas compram suas roupas, se identifica é com elas, e não comigo, que conto no blog, como consegui comprar dois bons tênis por apenas R$ 49,99 cada um. As pessoas não querem saber de gente real e normal, que sofre, tem prolemas, incertezas, dilemas e até mesmo, frustrações. Gente comum que vive a vida da forma que ela realmente é para ser vivida.  A maioria busca a vida fútil e sem sentido que elas postam, envolta em jabás de todos os tipos e com mentiras para todos os gostos. É isso que atrai as empresas e agrada os leitores, a mentira!

Para vocês terem uma idéia, quando fui para Natal, levei algumas roupas para tirar fotos de alguns looks usando as dependências do apart hotel, que era muito bonito por sinal, ou quem sabe, a orla da praia, que era fantástica. Mas chegando lá, entre perder tempo me produzindo e tirando as fotos, eu preferi passear e me divertir. Passei aqueles dias da forma mais simples e mais livre que eu pude. Bermudinha jeans, blusinha leve, saída de praia, vestidinho folgado, e sempre sandália rasteira ou chinelo. Nas fotos de férias desse povo, estão sempre montadas,super maquiadas, com salto alto, cheias de bijuterias, colares, e anéis em todos os dedos. Pelo visto, sobra pouco tempo (ou nenhum) para realmente aproveitarem.

 Parece que o foco é mesmo conseguir imagens para postar e mostrar que se está bem, que se tem dinheiro, prestígio e sucesso. E o mais legal de viajar, seja par onde for, para muito longe ou para um local até perto, é pode se livrar das amarras da rotina e viver de forma mais livre e descompromissada. No nosso último dia em Natal, o horário do vôo de volta era meio ingrato: 15:00 hs. E ficamos pensando em como fazer, para aproveitar esse pedaço de dia. A maioria dos passeios, saíam às 09:00 hs e retornavam às 16:00 hs. Como fazer? Felizmente conhecemos um velhinho que com olhos amorosos, me garantiu que conseguiria alguém que nos pegasse mais cedo no hotel, passasse depois conosco para buscar as malas e ainda nos levasse para o aeroporto. À princípio, não acreditei muito, mas esse velhinho especial, cumpriu o prometido e nos conseguiu o guia mais doido, mais gente boa e mais legal de toda Natal!

Com o Moacyr rodamos várias praias, e vivemos aventuras maravilhosas. Parece mentira como as horas se multiplicaram e nos permitiram ir à tantos lugres em tão pouco tempo. Depois do almoço, num restaurante onde tudo era gostoso ao extremo, já de tarde,  um banho de chuveirão alegrou meu dia e me deixou pronta para voltar para Natal e dar adeus às férias. Enquanto voltava no bugre, com vento no rosto e cabelos desgrenhados, a roupa secava no corpo e foi com essa roupa, e de chinelo de dedo nos pés, que entrei no avião. Eu ouvi o Valério Araújo falando numa entrevista, que a mulher tem que estar impecável no aeroporto. Sempre de salto, bem penteada, bem vestida e bem maquiada. Mas se eu tivesse pensado nisso tudo, em me apresentar bem no aeroporto, sem dúvida, teria perdido os momentos mais divertidos. E andar de chinelo, ou até mesmo com os pés no chão, é algo que faz bem para qualquer ser humano em vários momentos da vida.

Dane-se o que vão pensar e como vão analisar. O mais importante, é como a gente se sente. Se essas blogueiras soubessem aproveitar as viagens que fazem, mais do que conhecer lojas e mostrar os produtos que compraram, se preocupariam de conhecer gente, ouvir histórias, compartilhar momentos… porque em toda parte do mundo, as pessoas são pessoas, e tem algo de especial que merece ser compartilhado. Ver a forma que o outro vive, como se expressa, seu jeito de ser, falar e se relacionar, faz com que conhecer pessoas, em qualquer parte do mundo, seja sempre algo muito interessante. Definitivamente, o blog não pode limitar minha vida, nem ter o poder de me transformar numa pessoa pior.

Diante de tantas coisas que acontecem na vida, de tanta gente que sofre e do tanto que podemos ser produtivos e abençoadores na vida uns dos outros, viver jogando na cara dos outros a superioridade conquistada pelos trocentos quilos de maquiagem importada e por um closet dos sonhos, é mesmo um disparate, coisa de gente muito pequena. Não quero dizer que não podemos gastar nosso dinheiro comprando roupas, sapatos, bolsas, investindo na aparência e tudo mais. O problema todo, a grande questão não é o que fazemos, mas onde colocamos o nosso coração.

E o blog tem horas que me enche o saco porque vejo tudo tão envolto em superficialidade, que chego a me sentir até meio enojada. A pessoa diz que te ama porque ganhou um sorteio no seu blog, você vai pedir uma foto dela com o prêmio (regra do sorteio) ela te dá uma resposta mal criada. Fora aqueles que acham que são meus íntimos,  só porque vem aqui ver o que eu postei, e me seguem nas redes sociais. Não é porque tenho um blog, que todo dia tenho que estar disposta a interagir com gente chata, que me pergunta a mesma coisa mil vezes, que tenho que curtir comentários e fotos de todas as promoções que as pessoas participam no Facebook. Fora as pessoas que escrevem me pedindo coisas, sempre as mais banais, como sapatos, bolsas, e agora ultimamente, até cabelo. Podem acreditar, tem gente que perde seu tempo, escrevendo dizendo que “seu sonho” é colocar um cabelo na cintura, e que conta comigo para realizar isso.

Gente, eu compro meu cabelo! E usar alongamento não é questão de vida ou morte. Se fosse alguém fazendo quimioterapia, pedindo ajuda pra conseguir uma peruca, uma prótese para esse período, mas não é nada disso. É gente me adulando, dizendo que sou linda e maravilhosa em duas linhas, para depois usar dez para me fazer pedidos. É “amiga” blogueira dizendo que “me ama” e sempre se inspirou em mim (oi!?), pra depois me pedir contatos de parceria, principalmente, de sapatos. É impressionante como as “fias” vendem a alma até ao cão, por um simples par de calçados. E quer saber a verdade, sapatos eu tenho aos montes, mas não consigo usar metade deles. Sendo assim, não são os muitos pares de sapato que nos fazem felizes, mas viver uma vida digna e honesta ao lado de quem se ama. A vida tem que ter algo além de toda essa frivolidade, porque senão, a vida não faria o menor sentido.

Eu acho muito pouco, que a vida seja movida por esse tipo de engrenagem e por isso, não a aceito para mim. Vamos pensar que todos nós iremos embora um dia, e que seremos lembrados (ou não)  pelo que fizemos. Não quero ser lembrada por postar os melhores look ( se bem que estou muito longe disso…rsrsrs), nem por conta dos sorteios, das parcerias, de seguidores, de acessos, nada disso! Quero ter deixado algo que faça sentido agora, e num futuro próximo ou distante na vida de alguém.

E para quem pensa eu meu sonho é ser famosa como as F*Hits, e para quem já me falou também, que eu queria ser uma famosa modelo plus size, terão uma grande decepção comigo, pois vão descobrir agora, o que realmente é minha grande aspiração. Quero dedicar mais do meu tempo, a escrever da forma que eu fazia, com regularidade, com frequência e com qualidade. Quero fazer o possível e o impossível, para que essas palavras, cheguem ao maior número de pessoas e as façam pensar, se envolver e se inspirar.  Toda vez que penso em algo que eu gostaria para minha vida, eu me imagino escrevendo (sempre), numa casa ampla, com quintal, com plantas e bichos à minha volta. Com internet? Sim, mas sem ser escrava dela.

Quero continuar cozinhando e reunindo pessoas à mesa para falar coisas bobas e alegres. Não quero ter que mostrar a louça herdada por uma avó da alta sociedade, até porque, minhas duas avós foram mulheres extremamente honradas, mas muito simples. O que me deixaram de valor são meus pais, meu maior tesouro até hoje. Não que não seja bom ter badalação, fama e prestígio, ma essas coisas, são as que geralmente não nos acompanham até o final. No final, o que fica somos nós mesmos e o que conseguimos cativar ao longo da vida. Qualquer outra coisa é apenas um risco, que não interfere em nada e nem de longe especial.

Parabéns, Obama

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Todos pensam que sabem, mas somente um negro, sabe exatamente o quanto é importante e gratificante, ter um representante também negro na Casa Branca, como chefe da maior potência do mundo. Querendo ou não, desde sempre os negros sofreram humilhações e dominação. A escravidão é mesmo, um período negro da história da humanidade. Infelizmente, em algumas partes do mundo, ela ainda existe. O fato, é que ainda hoje, mesmo livres, percebemos que as chances não são iguais para todos, negros e brancos, embora isso seja alardeado por todos os lados. Se formos analisar a situação sócio econômica dos negros, verificamos que ainda há muito a ser conquistado, pois o preconceito ainda é real e muito forte. Existe uma resistência que por vezes passa de pai para filho, onde as pessoas até “aceitam” o negro como colega, como vizinho, mas quando se trata de ser da mesma família, já era! Negros ainda ganham menos, ocupam menos cargos de chefia e são discriminados até por outros negros, o que é o pior. Por conta dessas e outras coisas, eu sempre incentivo à todos que estudem, invistam no aperfeiçoamento profissional, saibam se expressar de forma clara, objetiva, tenham boa fluência verbal, escrita, enfim, gosto de ver negros instruídos e firmes naquilo que querem e desejam para suas vidas. É claro que nem todo mundo tem tantas chances de estudar, pois muitos começam a trabalhar cedo para ajudar em casa, as vezes em jornadas duplas e até tripas. Mas existem aqueles que jogam as melhores oportunidades fora, vivendo uma juventude louca, sem pensar no futuro que logo chega. O Adriano mesmo (o jogador), aparece em um vídeo justificando seus erros com a seguinte declaração: “Eu sou da favela, pô!” Agora imaginem, se todo mundo que é da favela, perde uma oportunidade dessas de se dar bem na carreira. Nem todo mundo que vive na favela é bandido. Aliás, a maioria não é. Não tenho nada contra o Adriano, pelo contrário, mas acho ele um grande bobão, por ter deixado passar essa oportunidade no Flamengo, que poderia simplesmente redimi-lo nesse final de carreira. E por outro lado, vejo o Obama sendo reeleito. Um homem que chegou à presidência dos EUA com vários desafios e ao longo desses quatro anos em que esteve no poder, mostrou à que veio. Não conseguiu resolver todos os problemas que encontrou, pelo contrário, surgiram outros no decorrer do seu mandato. Mas sem dúvida alguma, ele conseguiu muitos avanços que serão melhor percebidos nos próximos anos. Afinal, quatro anos é muito pouco para se avaliar tantas ações estratégicas dentro de um país que tem tanta importância. Obama tem Michelle, que o apoia, incentiva e que um dia, foi até sua chefe. Estão juntos à anos, incentivando um ao outro e crescendo juntos. Ela nesses quatro anos, também se destacou muito e se tornou um exemplo para todas as mulheres negras, por estar em evidência por conta de  ações que deixam claro o quanto ela é preparada, influente e inteligente. Ver essa família negra em destaque, me faz pensar que por aqui, um dia, também poderemos ter um presidente negro. Que isso sirva de exemplo para nós todos de pele escura, que vivemos sempre lutando pelos nossos direitos, ainda que de forma mais discreta, da nossa maneira. E a melhor forma de luta para mim, sem dúvida alguma, é investir em conhecimento.
Parabéns, Obama, e que venham mais quatro anos!

As mulheres querem ser amadas

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Um papo franco e sincero sobre sexo, amor em tempos de redes sociais e até sobre as declarações de Nicole Bahls

A socióloga Catherine Hakim publicou em 2011 o livro Capital Erótico, e no livro, ela fala das inúmeras possibilidades que as pessoas bonitas tem de serem mais bem sucedidas na vida. E mais do que isso, defende o uso desse atributo para se conseguir os privilégios que são dispensados à quem melhor agrada as olhos. De fato, ela não falou nada que já não soubéssemos, pois desde que o mundo é mundo, alguns tem vantagem sobre os outros por conta da aparência. Uma mulher bonita, pode lucrar muito com seus atributos físicos, sem se expor de forma ridícula e desnecessária. Se for inteligente, abrirá portas e criará oportunidades imensas à seu favor. E quando falo isso, penso naquela mulher que se veste de forma até provocante, usando peças do vestuários e acessórios, que a deixem ainda mais bonita e sexy, mas sempre de forma velada, como se mostrando e escondendo ao mesmo tempo. E sempre com um ar meio enigmático. Creiam-me, os homens adoram esse jogo! Quando a mulher mostra tudo, vai de perna de fora, peito de fora, de salto bem alto e batom vermelho, a coisa fica meio sem propósito, óbvia demais. Mas aquela ser que consegue envolver e seduzir de forma que pareça até despropositada, é o que deixa os homens realmente loucos. 
O problema todo, é que hoje em dia, existe uma necessidade imensa de se mostrar esse capital erótico, de se explanar ele aos quatro ventos. E falo isso de ambos os lados. Homens e mulheres se mostram mais do que deveriam nas redes sociais, se vendendo como máquinas de sexo, de prazer insaciável e de ardor infinito. Mas será que é isso tudo mesmo?  Tenho visto alguns perfis e páginas no Facebook, que chegam a me dar vergonha. Infelizmente, muitos deles são de mulheres gordinhas que querem reafirmar seu “orgulho GG” e se mostram como mulheres quentes e fogosas, que conseguem enlouquecer qualquer homem. Mas não só em páginas GG habitam as promessas de sexo perfeito na rede. Gente de todas as idades e tipos, se mostram para quem tiver interesse em algo mais quente, mais louco e mais lascivo. E posso garantir que nunca se fez tanto sexo como nos dias de hoje. A galera está transando mesmo, sem o menor preconceito. Raras eram as mulheres que iam para a cama somente por ir, sem sentimento. Hoje, isso é mais do que normal. E tudo, em nome do prazer.

Voltando a falar nas gordinhas, mulher é mulher em qualquer peso e tamanho! E ter que se mostrar mais por ser gordinha, é se desvalorizar muito! Grande parte dos que se dizem apreciadores de gordinhas, e expõem isso nas redes sociais, não procura um relacionamento saudável e sério. Querem sexo porque acham diferente, e até exótico. Como se as gordinhas fossem algo inusitado e diferente. E bobas são as que se deixam envolver por esses conquistadores que não tem vergonha de expor fotos em que aparecem sarrando uma gordinha, lambendo, agarrando. Mas que jamais terão coragem de assumi-la na rua,  de mãos dadas, como namorada, esposa e/ou  mãe dos seus filhos. E por mais que algumas se chateiem com isso, e possam até não concordar no primeiro momento, ao pensarem bem, verão que tenho razão. Mas então uma gordinha não tem como encontrar um homem que a ame de verdade? Claro que sim! Uma gordinha só não precisa, não deve, se expor mais para conseguir isso.

Agora vamos falar em prazer. Apesar de nunca se ter tanta gente fazendo sexo no mundo, como falei lá em cima, nunca se teve tanta gente infeliz e vazia. A maioria que se vende como o(a) tal, geralmente mal conhece seus verdadeiros desejos e os caminhos que efetivamente levam seu corpo à esse prazer. Existe uma incontável multidão de mulheres frígidas, que sequer, sentiram um orgasmo na vida. Que vão pra cama por um “dever”,  um chamado do corpo, ou mesmo social, para se sentirem aceitas dentro do contexto que tem sobre sociedade ou mesmo para serem aceitas pelos seus parceiros. Mas conhecer à si mesmo, é tarefa que exige tempo e conhecer o outro, leva mais tempo ainda. E quem disse que esse povo tem tempo? Todo mundo tem pressa! Saiu, penetrou, tudo certo! E hoje, a busca pelo prazer com o ultra poder que tanta gente busca, criou egoístas que mal conseguem enxergar quem está ao seu lado. Antes, para se ter um envolvimento bom, gostoso e realmente especial, bastava ter um homem e uma mulher. Somente isso. Mas essa geração quer tantas sensações, que hoje tem que ter o homem, a mulher, uma garota de programa, um travesti, um vibrador, um anão e mais qualquer outro elemento que pareça excitante. Tudo regado à bebida e muitas vezes, drogas.
Embora eu tenha exagerado para chocar vocês nos elementos acima, em muitos casos é bem isso mesmo. Mas vamos imaginar que o fato esteja envolvendo apenas um homem e uma mulher. Esses dois, teriam que estar realmente envolvidos e desejosos de passar momentos agradáveis juntos. Fossem esses momentos breves ou aquele pra sempre que a gente adora falar, mas nem sempre cumprir. Mas há de se ter delicadeza, ternura, bom senso, e acima de tudo, entrega, para se conseguir algo assim. É necessário toque, carinho e muito desejo, para fazer com que não se perca algo que pode ser realmente especial. E ser especial, é coisa que todos nós podemos ser, aliás, nos tornarmos. Porque conforme o tempo vai passando, vamos sempre aprendendo mais e mais, e com isso, nos tornamos cada vez melhores naquilo que nos propomos a fazer. Faz parte da vida. Mas eu desacredito totalmente, de quem se mostra o bom (a boa) ou o gostoso (a gostosa), porque auto afirmação é pra quem não tem certeza do que é ou faz.
Quem realmente é bom de cama, não precisa ficar alardeando. Aliás, não tem essa necessidade. E pode ser até alguém que você menos imagina, envolto em uma timidez quase infantil, ou aquela pessoa tão séria, que você nem imagina que pensasse em sexo. É isso que deixa a coisa ainda mais excitante. Essas descobertas. Se você quer ser melhor sexualmente (todo mundo quer, confessa!), procure falar menos e fazer mais. E quando fizer, não comente. Mulheres, não saiam por aí deixando sua intimidade à mostra nos seus álbuns no Facebook. Pensem sempre que a sua intimidade é um tesouro que nem todos podem ter acesso. Não se mostrem tão disponíveis e tão solícitas, e muito menos, não se mostrem carentes, porque é isso que os espertalhões precisam para alcançá-las e fazê-las de bobas novamente. E homens, chega de pregar uma potência que vocês efetivamente não tem. Ninguém tem. Porque ninguém consegue transar todo o tempo, com tanta qualidade e com tanta gente. Menos!
Dizer que o sexo não é importante numa relação, principalmente quando se é mais jovem, é uma ignorância que nem merece comentário. Mas não é ele que faz com que nenhuma relação se perpetue. Homens e mulheres podem sair de uma relação onde o sexo é muito bom, por conta de outras necessidades não preenchidas. Até mesmo os homens, que basicamente são bem mais focados em sexo, tem outras necessidades que precisam ser preenchidas. Necessidades estas, que não estão relacionadas ao que se faz debaixo dos lençóis.  Por isso, quando Nicole Bahls disse que suas relações terminam porque ela não faz sexo anal, é de fazer rir. Não vou entrar no mérito de certo, errado, se deve ou não ser feito, porque isso é assunto de foro muito particular, e vamos levar nosso papo de forma bem elegante. Mas esse não é motivo para que nenhum relacionamento termine, porque existes muitas outras variáveis dentro de uma relação, que fazem com que ela valha ou não a pena.
Ao declarar que sonha casar e ter filhos, que se vê velha rodeada de filhos e netos, Nicole tenta se redimir da imagem altamente erotizada que ela tem vendido todos esses anos. Mas parece ser tarde demais, mudar o foco do corpo para a sua cabeça, pensamentos e idéias, porque o seu bumbum fala mais alto em qualquer aparição. Mesmo quando ela paga de boa moça. Não que eu não acredite que ela tenha esses anseios e muito menos, que eu ache que ela não mereça ser feliz ao lado de alguém especial. Só estou usando esse caso, porque vejo muitas mulheres, usando seu potencial erótico de forma equivocada, e com isso, buscando amor, onde só podem encontrar sexo. Sexo no sentido mais banal que possa ter. Sexo por sexo. E só. É claro que depois da saída do Pânico, ela teve que sobreviver e inventar todos os dias um motivo para ser notícia. Lembro que até ao Sílvio Santos ela pediu emprego, quando foi no jogo das pistas. E agora, não saindo vencedora da fazenda, tem que se manter no foco dos sites de fofoca e lançou mão dessa “revelação” de que não “dá o bumbum” como ela mesma falou.
Achei tão pequeno, tão desnecessário, tão humilhante uma mulher tão linda se expor assim!  Eu que nem de longe sou famosa, levo uma vida pra lá de reservada na internet e pretendo que continue sendo desta forma. Basicamente tudo que conto e mostro, aqui no blog e nas minhas redes sociais, é o que eu quero que realmente saibam. Não que eu não seja verdadeira no que faço por aqui, aliás, sou  muito, mas existem partes de mim, que são e continuaram sendo um completo mistério para a maioria da pessoas. Porque de fato, pra que expor a vida desta forma? O que os outros tem a ver com nossos gostos, desejos, anseios e até mesmo, com nossos problemas. Internet é terra de ninguém, e deixar a vida à mostra, é o mesmo que deixar os portões e portas das nossas casas abertas, num perigo eminente e certeiro. Existem coisas das quais eu não me arrependo, mas que hoje, dentro do contexto de vida e da forma como vejo agora, eu não faria mais. E uma delas, é participar do lingerie day.  Eu vi o lado bonito da coisa, a parte libertária, onde mulheres de qualquer tipo físico, raça, cor e religião, poderiam se mostrar um dia, de lingerie. Mas não foi dessa forma que os trocentos mil tarados que de repente começaram a me seguir e a mandar mensagens, me viram e entenderam.
Quando falo que não me arrependo, é porque naquele momento, eu percebi como uma coisa boa. E tem fotos minhas aqui no blog ainda, do lingerie day, é só se dar ao trabalho de pesquisar. E até em outros sites. Mas eu ando meio sem paciência para algumas gracinhas, para certas colocações e para algumas pessoas que não sabem se portar e se dirigir às outras pessoas, e por isso, não participo mais. Me respeito e respeito quem está comigo. Lingerie agora, só pra um expectador em especial. E ele sabe disso! Mas não critico as meninas que ainda participam e acho que independentemente do que os outros achem, se sentir vontade, vai lá e participa. E com uma foto bonita, pra variar. Até porque tem como ser algo de bom gosto, não precisa mostrar tudo. Faz algo com uma pegada sensual sem ser sexual. Um corselet consegue ser super sensual, sem mostrar praticamente nada. Pensem nisso!
Acontece, que quando a gente se mostra, as pessoas querem ver mais, e mais até não haver mais nada à ser visto e quem se mostrou fica, sozinho em meio ao vácuo que criou em torno de si mesmo. Tenho certeza de que Nicole está assim. Foi assim que ela se mostrou, quando quer ser apresentadora, quer focar no trabalho e tudo mais. Mas é complicado desassociar a sua imagem do erotismo e de repente colocá-la no posto de apresentadora, principalmente se ela insistir em chamar atenção com esse tipo de declaração. As pessoas que querem ser reconhecidas pelo seu trabalho, pela sua competência, geralmente tiram sua vida pessoal do alvo e colocam em evidência seus projetos e feitos. Isso sim, atraí resultados positivos.
Em tempo de redes sociais, em que tudo se publica, se compartilha e se curte, muita gente perdeu o tom e deixou de lado aquela aura de mistério que faz as coisas serem mais interessantes. Nem tudo que se faz precisa ser falado. Nossas relações não precisam estar expostas para que todos vejam. Aliás, ter trocentas mil fotos do amado ou amada no Facebook, nunca fez ninguém mais fiel ou mais comprometido com nada. As pessoas gritam a felicidade, dizendo que tem uma vida perfeita, um namoro perfeito, um casamento perfeito, filhos perfeitos, enfim, uma vida tão certinha, que caberia num comercial de margarina. Mas eu tenho lá meu pé atrás com quem fala tanto que é tão feliz. Porque ninguém consegue ser feliz o tempo todo. Tem sempre algo que tira nosso sono, que nos deixa preocupados, que nos cansa ou tira, nem que seja de forma momentânea a nossa paz. Isso faz parte da vida.
O que de fato existe, são momentos felizes. Esses sim, merecem ser celebrados. Porque a vida tem altos e baixos e isso acontece com todo mundo. Mas a atenção não pode ser neles. Então, que seja no que é belo, no que é produtivo, no que nos faz bem, no que nos completa e nos que enriquece a alma e alivia o espírito. Chega dessa hipocrisia de chamar todo mundo de recalcado, de invejoso, porque geralmente quem fala isso, tem a mais miserável das vidas, mas tenta à todo custo, provar à si mesmo que não. Então que tal começarmos a nos guardar mais, com mais carinho e muito mais cuidado? Nos guardarmos para nos lançarmos na hora certa, com as pessoas que mereçam esses momentos especiais.. Se você tem uma amor, não fique fazendo poses sexies na rede, mostrando que e´gostoso (a). Mostre para essa pessoa, nos momentos de intimidade, de forma efetiva, tudo o que tenta mostrar em vão em público.
Precisamos nos manter livres do preconceito que tenta nos oprimir mostrando que precisamos ser iguais, para sermos aceitos. Ah, todo mundo tá fazendo assim, vou fazer também…  Não podemos nos anular atrás de um todo mundo, que mais do que ofender, nos nivela por baixo. Se todo mundo se mostra, se guarde, se todo mundo se desrespeita, se respeite, se todo mundo se anula, se valorize. Se todo mundo sofre, seja feliz!  Libere o seu lado mais sensual da forma correta! Se olhando no espelho e se amando a despeito da sua aparência física. Se conecte à algo maior e bem mais além. Faça essa viagem e descubra que existem vários sentidos à serem testados e que você precisa fazer isso o quanto antes. Não passe pela vida sem experimentar o que ela tem de melhor e uma dessas coisas, são os momentos de intimidade ao lado de quem você ama, ou no mínimo, ao lado de quem te faz bem.
E quando estiver com essa pessoa especial, tenha a delicadeza de estar presente de fato, e não apenas de corpo. Esqueça performances, espelhos, não tente impressionar, não tente se mostrar o tal. Seja você mesmo e se entregue sem reservas à algo que pode ser inesquecível. Não se conforme de não sentir nada, pelo contrário, sinta tudo! Da forma mais forte, mais pura e mais visceral que puder sentir! Sinta sem medo! Não rotule as pessoas, não dê notas, não se exija demais, não cobre tanto! Viva! Como disse, o batalhão das frígidas só cresce, mas tenho que dizer também, que o bando de impotentes, também só aumenta! São homens até jovens, mas com tantas pressões, medos e inseguranças, que na hora H conseguem bem pouco, ou quase nada. 
No fundo, todas as mulheres querem ser amadas. Por mais que se fale de independência (até sexual), toda mulher quer ser valorizada por quem ela é, e pelo que conseguiu se tornar, pela sua luta, esforço e percalços da vida. Por mais que seja bom ser desejada, é muito melhor ser admirada, querida e apreciada. É isso que a Nicole quer, assim como tantas outras que mostraram um pouco (ou muito) mais do que realmente deviam, e agora querem voltar no tempo, em busca de um amor impossível que ficou num passado que não volta mais.  
Fazer sexo todo mundo faz, o desafio de hoje, é fazer amor! Se sentir pleno, realizado e completamente inundado por algo definitivo e incontrolável que muda o mundo todo ao redor! Vai faltar muita gente, tenho certeza!!!

Em tempo: Se for reproduzir o texto, faça o favor de creditar. Respeite meu trabalho!



O adeus à Hebe Camargo

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O final de semana foi triste. Aliás, o mundo ficou mesmo mais triste, depois da partida de Hebe Camargo.A loira, que há anos nos alegrava na TV se foi, após uma árdua batalha contra um câncer raro de peritônio. E é completamente surreal e dolorido, imaginar um mundo sem o sorriso dela, sem a sua irreverência e alegria. Porque esses eram referenciais muito íntimos dela, e que nos deixaram apaixonados, desde o primeiro momento em que a vimos. Hebe foi uma mulher à frente do seu tempo, que fez do trabalho sua vida. A sua força em lutar para ser reconhecida profissionalmente, faz com que nós, que somos mulheres, tenhamos em mente que podemos sobreviver além da bunda. Num mundo que cultua corpos à mostra e no qual a juventude é cobrada exaustivamente, perceber que ela conseguiu trabalhar até o final da sua vida, com mais de 80 anos, nos dá a esperança de que muita coisa boa ainda pode ser feita. E esse ponto é mesmo o mais importante de todos, porque essa é a reflexão que eu quero levantar, porque é o que mais aflige mulheres mundo afora. Todas querem ser eternamente jovens. E por conta disso, algumas escondem ou mentem a idade (coisa que Hebe não fazia), ou perdem todas as expressões com o uso excessivo de botox, cada vez mais cedo, diga-se por sinal. Hebe fez suas plásticas, sim, isso nem ela negava. Mas manteve as expressões e até mesmo as rugas, que a acompanharam durante boa parte de sua vida, já como mulher madura. E por falar em madura, Hebe na verdade, já era idosa, porque com 83 anos, o termo certo seria esse. Mas quem disse que esse termo cabia em Hebe Camargo? Aliás, quem poderia enxergá-la como tal, já que ela era a própria imagem da alegria e da beleza, ela sim, era linda de viver!  Ela conseguia se manter menina e sapeca, e qualquer coisa que ela fizesse, não soava mal ou fora de contexto. Desde as brincadeiras mais sem noção, até mesmo as vezes em que ela se jogou no palco do Teleton, enquanto lutava para arrecadar doações para as crianças necessitadas. Nada era demais para ela  e não havia palco que fosse suficientemente grande para ela, porque Hebe se expandia e brilhava por todos os lados, como estrela que foi, e que vai continuar sendo. Outro ponto importante, é que ela sempre usou seu programa para questionar as situações que julgava incorretas, principalmente, as ligadas à crimes e à política do nosso país. Ela deu voz à muitas das nossas reclamações e foi uma legítima representante de uma geração já descrente em uma mudança. A loira sabia do que estava falando, e se mantinha atuante e vivendo sua vida sempre lutando pelo que achava correto e coerente, mas sem se tornar chata e repetitiva. Ela amava à vida e aproveitou muito dela. Viajou para vários lugares do mundo, e por onde passou, deixou sua marca, a alegria. No seu aniversário de 80 anos, viajou com amigos para a Disney, e voltou a ser criança, e numa entrevista emocionante, lá mesmo, relatou que quando era criança, não tinha recursos, era muito “probrinha” e por isso, aquele momento era um sonho realizado.

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E vê-la no carrossel, dando voltas e mais voltas, ou perceber o beijo gostoso que ela deu no Mickey, foram momentos que guardaremos com carinho para sempre, pois nos momentos em que ela foi mais menina, que mais a amamos como mulher. E por falar em beijos, quem não se lembra dos seus selinhos? Eram sinceros e carinhosos e não tinham a menor conotação sexual. Homens e mulheres recebiam selinhos de Hebe, e não havia a menor maldade nisso, pois ela era sincera e amiga de todos. Apesar de estar sempre exuberante, com roupas lindas e jóias fabulosas, ela sabia ser simples e muito próxima do seu público, fazendo de cada um de nós, bem mais do que apenas pessoas distantes, que a conheciam apenas pela TV. Ela sempre procurou agradecer ao seu público, tudo que tinha e onde havia chegado. Seu sentimento de gratidão, sempre foi grande e verdadeiro. Aliás, não posso deixar de dizer que, por mais jóias que ela usasse, por mais brilho que tivessem, nada brilhava mais do que ela, porque ela própria, era a maior jóia de todas. A mais preciosa.  E é muito triste e muito doído, perceber pessoas especiais indo embora, porque fica uma lacuna, um buraco que não é preenchido novamente, porque vamos combinar, quem vai substituir Hebe Camargo? Ninguém! Não há quem domine tão bem um palco, que tenha tanta naturalidade, alegria e amor pela vida como ela. Não haverá quem consiga passar pelos anos com tanta dignidade e tanta beleza, da forma que ela conseguiu passar, porque ela era simplesmente única. A morte é mesmo algo inevitável, e já que essa realidade nos persegue, o que de melhor podemos fazer, é viver cada dia da melhor forma possível. Com alegria, bom humor, esperança e acima de tudo, fé.Temos que fazer de tudo para deixar sempre boas impressões por onde quer que passemos, fazer amigos e colecionar momentos felizes. Admito que a vida não é feita somente de festa, que existem momentos complicados, tristes e de muitos problemas, mas eles podem ser amenizados por quem sabe exatamente como passar seus dias, por aqueles que conseguem se distinguir dentre os demais, através de um espírito forte e voltado para o bem. Hebe era exatamente assim, bem humorada até com a própria doença, capaz de se reinventar todos os dias, e vaidosa até o último momento, pois até o fim, não abriu mão do seu maquiador. O que fica é a saudade, mas uma saudade cheia de gratidão, por tudo que ela foi em nossas vidas, e dentro dos nossos corações. Sem dúvida, uma grande perda e uma dor pela qual, nenhum de nós gostaria de passar.

Obrigada, Hebe, sentiremos saudades…

Mustache – por trás da moda, a mensagem

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Não tem como não vê-los, porque eles não passam desapercebidos, os famosos “bigodinhos” estão por todos os lados. Mas vocês sabem o que eles realmente querem dizer? Mustache (do inglês americano) ou Moustache (do inglês britânico), significa bigode, e todo esse modismo surgiu por conta de um movimento que começou na Austrália. O que começou como uma simples brincadeira, ganhou força e representação dentro da sociedade e fez com que surgisse a organização Movember Foundation (mistura de mo – de moustache e member – de november). O trabalho deles é focado na luta contra o câncer de próstata, através de várias ações que visam incentivar os homens a fazerem o exame, a se cuidarem também, contra doenças sexualmente transmissíveis. O uso do preservativo é sempre incentivado, assim como outras ações que visam a manutenção da saúde do homem.  Achei o máximo isso!
Infelizmente, existe uma cultura dentro da nossa sociedade, que faz com que a maioria dos homens dêem pouca atenção ao cuidado da sua saúde (fato que leva os homens a viverem menos que as mulheres) e mais ainda, existe o preconceito quanto ao exame de próstata, como se ele fosse macular a masculinidade ou ser humilhante. Fora isso, infelizmente a quantidade de homens acometidos pelo câncer de pênis, também vem aumentando, e um dado alarmante, me deixou ainda mais chocada: segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a falta de higiene aparece como um dos principais fatores. Uma das formas de participar da campanha, é utilizando o bigode ou qualquer outra coisa que faça alusão à ele.

O mundo da moda abraçou a causa, e por isso, ficou bem mais fácil disseminar essa idéia mundo afora, pois
existe uma força imensa em tudo que é relacionado ao cenário fashion. Surgiram então roupas, sapatos, acessórios, objetos de decoração e muito mais coisas com o famoso bigodinho estampado, e ele se tornou famoso, ganhando status entre a galera mais antenada. Então, bem mais do que um modismo ou tendência, o Mustache surge como um alerta super importante, lembrando que a saúde do homem deve ser cuidada, preservada, porque a vida está acima de tudo. Por isso, convido vocês a falarem sobre o assunto, e fazerem bem mais do que saírem por aí com seus bigodinhos, fazendo parte do seu look do dia. Convido todos a falarem abertamente com seus maridos, namorados, filhos e pais à respeito do assunto, incentivando-lhes à se cuidarem e se tiverem a idade ideal, fazerem o exame de próstata. Aos pequenos (e em alguns casos, até aos grandes), vale ensinar a maneira correta de cuidar da higiene da região genital, pois uma simples ação, pode salvar uma vida.
Sendo assim, que os bigodinhos continuem fazendo a festa e ganhando as ruas levando muito mais do que moda e estilo, mas um novo modelo de vida, onde os cuidados com a saúde nunca sejam esquecidos.  Lembrando que as visitas ao urologista devem fazer parte de uma rotina (pelo menos anual) e a troca de informações deve ser constante.
Sociedade Brasileira de Urologia

30 anos sem Elis Regina

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Estou neste momento assistindo ao programa do Jô e tendo a alegria de assistir Maria Rita cantando músicas de mãe, Elis Regina. Não há como negar a tamanha semelhança entre as duas, tanto fisicamente, como no potencial vocal. E é impressionante como Elis, mesmo depois de 30 anos de morta, continua cada vez mais viva e tão presente. Olhando pelo ponto de vista de Maria Rita, ouvindo-a falar da dificuldade que teve em lidar com as cobranças que sempre foram lançadas sobre ela por ser filha de Elis, a gente entende o porquê dela ter esperado tanto tempo para finalmente cantar as músicas do repertório da mãe. Ela queria construir a sua própria identidade, e viver uma vida, onde ela pudesse ser uma pessoa “comum” e que conquista as coisas por si só, por seu próprio talento e habilidade. Hoje, já sem a necessidade de provar nada para ninguém e nem para si mesma, ela pode finalmente se lançar nesse universo de Elis sem medo e sem o receio das cobranças. E é como ver Elis revivendo 30 anos depois, através de uma voz límpida e trabalhada, que se aprimorou com uma técnica refinada. Mas vale lembrar que Elis era mesmo uma showoman, que mais do que apenas cantar ( coisa que já fazia muitíssimo bem)  trouxe o verdadeiro conceito de espetáculo, de show, pois ao subir no palco protagonizava momentos de entrega e de envolvimento verdadeiro com sua platéia. Elis era visceral, autêntica e tinha uma voz que era bem maior do que ela mesma, que com sua baixa estatura, conseguia se fazer imensa e gigantesca. Meio envergonhada, meio serelepe, meio menina, meio moleque, Elis soube como ninguém, imortalizar músicas que até hoje, fazem parte das nossas vidas. Ou existe alguém que consiga esquecer Fascinação, Maria, Maria, Alô, alô, marciano, Águas de março, Como nossos pais, Madalena, dentre tantas outras que permanecem sempre vivas na nossa memória?

Hoje em dia, todo mundo se diz cantor e cantora, está tudo tão banalizado, que quando se ouve uma música na voz de Elis Regina, parece que novamente as coisas parecem fazer sentido, pois a própria imagem dela, no palco, ainda que calada, simbolizava um momento perfeito e mágico,  onde a  poesia simplesmente encontrava lugar para habitar entre os mortais de maneira plena. Não quero me ater às causas da sua morte, mas no quanto se perdeu com a sua partida. Percebo que seus filhos, por mais que tentem mostrar que conseguiram lidar bem com o desaparecimento da mãe, apenas sobrevivem à essa lacuna, à esse rombo deixado pela perda da mãe amorosa, que sempre se mostrou tão dedicada aos seus filhos. Para eles aliás, eu imagino que tenha sido ainda mais difícil e mais traumático, pois a força da Elis cantora, sempre esteve presente e viva, mesmo quando a imagem da mãe, aos poucos se dissipava nas lembranças dos filhos que se separaram dela ainda na infância. Eles perderam o referencial muito cedo, e Maria Rita, principalmente, pouco se recorda dos momentos que viveu ao lado da mãe, por ser ainda tão novinha, quando da sua partida. Mas a despeito de tudo, Elis e sua prole estão aí, nos lembrando que a música sempre permanece e de uma forma ou de outra, a arte de Elis se perpetua. Seja nas inúmeras homenagens que estão acontecendo para ela, no lançamento de coleções contendo imagens e sons da cantora cantando inclusive fora do Brasil, ou mesmo nos olhos saudosos de todos nós, que ainda lamentamos a sua falta, mas sorrimos quando novamente a ouvimos cantar, através de sons guardados no tempo, ou através do lábios de Maria Rita.   Gostaria de compartilhar com vocês alguns momentos de Elis, nesse vídeo que traz várias imagens e ao fundo a música Maria, Maria, que tem tudo a ver com quem ela era uma mulher forte e  inesquecível.

Maria, Maria
Elis Regina
Composição: (m.nascimento/f. Brant)
Maria, Maria
É um dom, uma certa magia,
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas agüenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida

E viva, Elis!

Beijos

Câncer de mama – É possível vencê-lo!

por
Tenho visto algumas imagens, principalmente no facebook, com mulheres que venceram o câncer de mama. E por mais impactantes que elas pareçam, e que realmente sejam, elas servem de alerta para que nos cuidemos ainda mais. À partir dos 40 anos, toda mulher tem por obrigação, fazer a mamografia. Aquelas que tem histórico de câncer de mama na família, tem que começar a fazer os exames antes, e quem vai definir isso é sempre o médico. Eu já faço tem um tempinho, embora não haja histórico na minha família, comecei a fazer antes, e nunca encontrei dificuldade na realização do exame. Vou ao médico, ele faz o pedido e eu ligo para a Labs e marco o dia. Mas eu sei que as coisas não são tão fáceis assim para quem não tem plano de saúde. Poucos hospitais públicos tem mamógrafo e muitos que tem, estão com eles parados com problemas e aguardando um conserto que nunca acontece. Enquanto isso, infelizmente o câncer de mama continua matando milhares de mulheres todos os anos, e a maioria morre, porque descobre a doença tardiamente. Então, temos que fazer valer nossos direitos e continuar tocando nessa tecla, falando sempre sobre o assunto e exigindo das autoridades medidas mais sérias. Muito além da doença em si, existe um fator que mexe muito com o psicológico de qualquer mulher, que é a mutilação de uma parte do corpo, que é um forte símbolo de feminilidade. Hoje, felizmente, contamos com muitos recursos na cirurgia plástica, que consegue reconstruir a mama, devolvendo a auto estima à muitas mulheres. Mas mesmo aquelas que ainda não conseguiram essa reconstrução, tem dado uma prova imensa de força, ao se exporem em fotos mostrando seu corpo com ar marcas da passagem do câncer nas suas vidas. São mulheres corajosas que tem nos mostrado que mesmo após uma doença tão terrível, é possível recomeçar a vida e viver cada dia, como se fosse o primeiro.

Imagens da Internet
Parabenizo à cada uma que teve a coragem necessária para mostrar que a vida, está além de tudo, dos pudores, do medo, e do preconceito! A vida, vale mais do que qualquer coisa!
Beijos,
Juh Sarah

Inspirada pela Xuxa: Um novo depoimento emocionante sobre abuso e violência infantil

por
Depois do depoimento que a Xuxa deu no domingo no Fantástisco, fiquei chocada com a reação das pessoas nas redes sociais. Ao invés de haver uma reflexão sobre o tema, que é de interesse público, o que se viu foram acusações e um “passeio” sobre a vida pessoal da apresentadora, que não era o que estava em pauta naquele momento. Sei exatamente da força que temos quando nos unimos para lutar pelas causas, então, que lutemos sempre pelas causas certas, e que façamos sempre o melhor, para que o sofrimento (seja o nosso ou o alheio) seja menor no mundo.  O vídeo abaixo não é glamouroso, não fala de nada bonito nem fashion, mas é  meu desabafo, contando um pouco da minha própria história e da violência que eu mesma fui vítima na infância:

Espero sinceramente que um dia, nada disso aconteça mais e que possamos viver mais felizes, porque desse jeito, tá bem complicado viver…
Beijos

Quando o sexo passa dos limites

por
Não é falso moralismo e peço que não vejam como tal. Mas nos últimos tempos temos sido invadidos por uma  explosão de sexo por todos os lados! Pra começar, um casal resolve transar no vagão de um trem em São Paulo, e nem se incomodou com as câmeras, e a mulher, ficou completamente nua fazendo “seus serviços”. A cena picante só foi conhecida no dia seguinte quando as cenas foram vistas pelo pessoal a empresa. O vagão estava vazio, eram aproximadamente 23:00 hs, mas o problema não é se tinha ou não gente por perto, se foi ou não visto por câmeras, o problema todo, é que o sexo está completamente banalizado. Somos animais, reconheço, mas somos racionais, embora alguns pareçam que não são. E desta forma, espera-se que mesmo os instintos mais primitivos, sejam sempre dosados pelo bom senso e das regras de convivência em sociedade. Mas os assanhadinhos do trem, não são os primeiros a fazer sexo em lugares indevidos, já vimos imagens na TV que mostram adolescentes transando em pé nas micaretas, nos bailes funk e em todo e qualquer lugar que sejam deixados à vontade, e à mercê dos seus instintos e falta de nexo. Imagine você, criar a sua filha com tanto carinho e proteção, e vê-la sendo “manipulada” por alguém desta forma. Agora imagine-se como mãe de um rapaz, que sem critério algum, transa nas vias públicas com qualquer pessoa. É por isso que as doenças sexualmente transmissíveis tem aumentado tanto! As pessoas imaginam que nunca vai acontecer com elas, e a verdade é que, uma “brincadeira inocente” pode gerar um filho indesejado (na melhor das hipóteses) ou mesmo uma doença incurável (no pior dos casos).Mas vamos pensar que, estamos falando do Brasil! Vemos todos os dias veiculados na TV aberta imagens com conteúdo completamente erotizado e imoral. As rádios tocam músicas de duplo sentido que são inclusive cantadas por crianças que sequer sabem o que elas significam. Um país onde infelizmente a quantidade de pedófilos é imensa e os níveis de violência contra a mulher crescem à cada dia. Com todo esse material “relevante” imaginar pessoas transando na rua, no vagão de um trem, ou mesmo no supermercado do nosso bairro, parece algo bem “normal” e totalmente dentro da moralidade. É sexo excessivo e sem limites. E  a mulher continua sim, sendo vista, como um objeto sexual  por muita gente. Mas quando percebemos que o “sonho e projeto de vida”  de algumas é ser Panicat ou entrar no BBB para em seguida posarem nuas, entendemos que as coisas tem seguido sim, o fluxo normal que se esperava delas. E quando se pensava que nada mais poderia piorar, Valesca Popozuda e Mc Catra lançam uma música que será para sempre lembrada como uma “pérola” da música popular brasileira. Que fique bem claro que não tenho nada contra a Valesca e contra o Catra, embora não seja apreciadora do tipo de “música” que eles fazem, mas achei o fim do resto (mesmo!), que eles tenham descido tanto e “investido” nesse tipo de repertório. Ainda mais que à essa altura do campeonato não precisem mais disso. Cantar algo desta categoria, assim como apreciar esse tipo de “música” é um atestado de total falta de decência e moral. É uma prova de que o ser humano está mesmo perdido, e que não há mais esperanças! Tem dúvidas? Dê o play e se choque também!!!

Aviso importante:  Antes de dar o play, certifique-se de estar com fones de ouvido e/ou estar completamente sozinho no recinto. Seria vexatório ouvir isso ao lado de quem quer que seja. Ah, e se você for menor de idade, não ouça!

Depois de ter ouvido isso, me diga se não tenho razão pelo que escrevi acima.
Chegamos ao fim!!!

Nota: Antes que apareçam engraçadinhos falando besteiras, sou uma mulher normal e não vejo o sexo como nada fora do normal também.  Penso que como mulheres temos a responsabilidade de nos fazermos respeitar, e isso, em nada  abala ou macula a nossa sensualidade e nosso poder como tais. Ser uma mulher poderosa, antes de tudo, é ter muita confiança em si mesma,. Confiança essa que faz com que não se tenha necessidade de auto afirmação. Quem é gostosa e maravilhosa (de verdade!), não precisa colocar tudo de fora para mostrar isso, e nem precisa pular de cama em cama para deixar isso impresso em lugar nenhum. Ah, e chamar de recalcada também não vale, porque quem começa com esse tipo de diálogo, nem merece meu respeito.